Para o escritor e docente da UBI, a vida é a prova máxima de que não existem contos de fadas. Gabriel Magalhães, que se tem destacado no panorama nacional pelos seus mais recentes trabalhos, publica agora uma interpretação muito própria sobre a experiência da leitura do Evangelho.

“Na minha evolução como pessoa começaram a ruir todas as maravilhas que tem o mundo. Hoje penso que há muita gente a viver feliz com a sua infelicidade. A leitura dos evangelhos foi encarada como um conto de fadas que acontecia na realidade”, explica o docente.

Na apresentação desta obra, que decorreu na biblioteca da cidade serrana, Gabriel Magalhães confessou não ser crente, mas sim, sincero consigo mesmo, “algo que muita gente não é”. Mas uma das suas maiores descobertas, ao longo da leitura e interpretação destes textos foi também passada para as páginas de “Espelho Meu”.

Um livro em que o docente do Departamento de Letras da UBI garante que “a Igreja é realmente a única instituição que admite os seus erros. Talvez seja a instituição que mais erra, mas é também a que mais pede perdão, daí a que sobreviva ao longo dos tempos. Vejo a política, a sociedade e muitas outras áreas que se fartam de errar, mas nenhuma pede perdão”. Este livro é, no entender do seu autor “um desafio a que as pessoas leiam e interpretem o evangelho e pensem nele como talvez o único conto de fadas que realmente existe”.