Nos mais de três mil metros quadrados do UBIMedical estão já dezenas de salas e futuros laboratórios que aguardam todo o tipo de mobiliário e equipamento. O edifício agora terminado deve começar a receber os primeiros investigadores e empresas de base tecnológica com pendor para a área da saúde e qualidade de vida.

Durante o próximo ano, a mais recente aposta da academia beirã em termos de estruturas, vai passar por um período de instalação de empresas, entre as quais, a multinacional Siemens, mas também de outras tantas que nasceram ou estão em processo formativo, e que são resultado de ideias e investigações de docentes e alunos da Universidade da Beira Interior. A estas juntam-se também vários projetos que atualmente estão localizados nas faculdades da academia e que podem desenvolver-se melhor neste edifício.

Tempo também para terminar todos os arranjos exteriores, mobiliar esta nova casa e um passo fundamental, para o reitor, João Queiroz, “aprovar os estatutos de funcionamento da nova entidade”. Segundo o responsável máximo, estas linhas de funcionamento estão já prontas e vão ser apresentadas em breve ao Conselho Geral da UBI. “Penso que o melhor para a gestão deste espaço passa pela criação de uma associação privada sem fins lucrativos. Essa associação contará com apoios das autarquias da região, empresas, entre outras entidades”, acrescenta.

Esta nova estrutura, preparada para acolher um vasto conjunto de iniciativas ligadas essencialmente à saúde é vista por João Queiroz como uma das mais importantes plataformas de interligação entre a academia e a região. Daí que o reitor espere que o UBIMedical sirva de interface “entre a academia e o exterior e temos de trabalhar mais perto com e para as empresas”. No sentido de atingir esta finalidade, “o edifício está destinado para uma parte de investigação e prestação de serviços nas mais diversas vertentes da qualidade de vida e outra de incubação de empresas”. No intuito de Queiroz, “será possível trazer alguns investigadores e ideias de negócios e tentar fixar os nossos graduados que podem ficar aqui e desenvolver os seus projetos que se focam na saúde e na qualidade de vida”.

Um investimento que representa seis milhões de euros e que os responsáveis académicos esperam que se transforme “numa estrutura fundamental e relevante no panorama nacional, articulada com as estruturas da saúde existentes na região e com tudo o que são áreas de negócio hospitalar e empresas ligadas à saúde. Gostaríamos muito de ter uma estrutura semelhante ao atual Instituto Pedro Nunes, com investigação de ponta na área dos dispositivos médicos”.

Para Ana Paula Duarte, vice-reitora da UBI e responsável pelo Instituto Coordenador de Investigação, mostra-se também muito confiante no sucesso deste novo recurso. No topo das prioridades “estão projetos que tratem da caracterização de parâmetros, análise de líquido biológico, indústria farmacêutica e qualidade de vida”. O docente garante que existem já várias empresas e ideias que estão a finalizar o processo de instalação. Para além dos investigadores da UBI, “que já fazem os seus trabalhos noutras instalações da academia e que poderem agora vir para aqui”.

Esta é a face mais visível do projeto que começou com o plano “Inovida” e ao qual se associaram as autarquias de Castelo Branco, Guarda e Abrantes, para além dos politécnicos da região e outras entidades da área, como os centros hospitalares. A inauguração oficial está agendada para o próximo dia 30 abril, dia da UBI.