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Pintura e espiritualismo na UBI
Jéssica Barreira · quarta, 24 de abril de 2013 · @@y8Xxv Dada Dhyanananda e Fernando Aranda estiveram na passada segunda-feira na UBI para apresentar o tema Arte e Espiritualidade. |
Algumas obras foram trabalhadas durante o workshop |
21985 visitas A sala 2.10 serviu de palco à palestra organizada pelo professor Francisco Paiva, director do curso de Design Multimédia. Destinava-se a todas as pessoas interessadas em arte, tanto da universidade como fora dela. “Saúdo vocês com o calor do meu coração”, foi assim que Dada Dhyanananda deu início à palestra “Arte e Espiritualidade” por volta das 15horas. Para o orador arte é “uma forma de expressão”, é transmitir o que cada um sente no seu interior e transmiti-lo através das várias formas de arte: música, pintura, livros… Espiritualidade é “aquilo que está em todo o lado, dentro e fora do corpo.” Dada Dhyanananda defende que as pessoas “perdem o seu equilíbrio com as formas de viver atuais”. Segundo o orador, o problema das sociedades contemporâneas é que as pessoas “se preocupam demasiadamente com o corpo e não cuidam da mente”. Segundo o professor, para cada pessoa existem três níveis “físico, mental e espiritual”. O ser humano, para ter equilíbrio, necessita de ter estes três níveis em harmonia. O equilíbrio do corpo é realizado através de “exercício físico e da alimentação”. A mente atinge a harmonia com o pensamento e este deve-se aprofundar com a meditação. Dada Dhyanananda define o Yoga como sendo uma “força ou modo de vida para manter esse equilíbrio”. Fernando Aranda, pintor plástico, definiu espiritualidade como sendo uma “qualidade essencial que todo o ser humano tem”. Esta qualidade permite a cada um analisar-se e “conhecer as potencialidades, sensibilidades, e imaginação” de cada artista. Depois dos dois intervenientes terem abordado os dois conceitos: arte e espiritualidade, Fernando Aranda liderou o workshop “Caminhar e pintar”. Em pares um de olhos fechados e o outro guiando-o, cada participante foi levado pelo mundo das sensações. Teve que identificar três superfícies e três sons, sem ver. Após terem tacteado e ouvido, foi altura de colocar no papel o que sentiram através de uma pintura. Havia tintas de várias cores, esponjas, pratos, copos, espátulas, escovas de dentes, panos… No final os participantes puderam trocar impressões com os professores Fernando Aranda e Dada Dhyanananda. Quem se inscreveu no workshop revelou que por vezes sentiu insegurança por não ver e por estar a ser guiado por um desconhecido. Outros revelaram que descobriram objectos em cuja existência nunca tinham reparado na sala onde costumam ter aulas. |
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