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Barragem vai por água abaixo
Eduardo Alves · quarta, 17 de abril de 2013 · Quando os responsáveis pela autarquia da Covilhã anunciavam já o arranque das obras, um despacho do secretário de Estado do ambiente e ordenamento do território veio anular todo o processo. Para a edilidade fica em causa o abastecimento de água às populações. |
A construção da barragem da Covilhã continua a dar que falar |
21958 visitas Há alguns meses, a novela da construção da segunda barragem nas Penhas da Saúde tinha um dos seus mais caricatos capítulos. Depois de um conjunto de entraves às pretensões da autarquia, Carlos Pinto, o social democrata que dirige a edilidade há três mandatos garantia o avanço da obra e sublinhava mesmo que “nada, nem ninguém”, poderiam o contrário. Tal certeza vinha, nas palavras do edil, de um telefonema entre o autarca social-democrata e o primeiro ministro português, eleito pela mesma força partidária. A conversa tida entre os dois foi tornada pblica pelaida entre os dois foi tornada pde um telefonema entre o autarca social-democrata e o primeiro ministro portuguganizadoública pelo primeiro serviu para dar a conhecer a garantia de Passos Coelho na construção da barragem. Ora, o enredo em torno deste assunto, que dura há já vários anos, parece agora começar a ter um fim. Paulo Lemos, secretário de Estado do Ambiente e Ordenamento do Território, revogou a prorrogação do prazo de validade da Declaração de Impacte Ambiental da Barragem da Ribeira das Cortes, no passado dia 12 de abril. Uma decisão que segundo a edilidade serrana “deixa frustrada a concretização de um projeto absolutamente vital ao regular abastecimento de água às famílias, escolas e universidade, bem como à rede de empresas da área do município da Covilhã, impossibilitando a instalação de novas unidades industriais e colocando em sério risco, o abastecimento do Data Center da PT na Covilhã que, como é sabido, exige um consumo de água de cerca de 500.000 m3/ano, só possível através da referida barragem”. Contudo, são precisamente este tipo de argumentos que o Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco quer ver clarificados. Os proprietários do terreno previsto colocaram uma providência cautelar para analisar todo o processo. O tribunal deu luz verde a esta pretensão e considera os documentos relativos à construção da barragem insuficientes para justificar tal empreitada. Por agora, os responsáveis camarários garantem que tudo isto “significa cerca de 26 milhões de euros de fundos comunitários POVT e Financiamento BEI desaproveitados, perdendo-se a oportunidade de criação de emprego e dinamização económica, numa região de forte emigração”. |