A Consulgal é o grupo líder do mercado nacional na prestação de serviços de engenharia e gestão. Uma das obras que se encontra a seu cargo é o edifício da PT (Portugal Telecom), futuro Data Center, na Covilhã. Este projecto foi amplamente divulgado a nível nacional, uma vez que será um dos maiores centros de processamento de dados do mundo, e a Covilhã foi a cidade escolhida para sua localização devido, essencialmente, às condições ambientais e recursos naturais.

Na passada segunda-feira, por volta das 14h30, organizada pela DECA e FEUBI, realizou-se uma palestra no Edifício das Engenharias, com vários engenheiros da Consulgal responsáveis pelo controlo do processo de construção do Data Center. A iniciativa foi tomada no âmbito das actividades do Mestrado Integrado em Engenharia Civil e contou com a presença dos engenheiros José Rocha Dores, coordenador de projectos, Óscar Jorge, responsável pelas frentes de obra, José Barata, diretor/coordenador de fiscalização, Carla Alves, coordenadora da área da saúde, e Fernando Miranda, responsável pelo planeamento e controlo de custos.

Durante a tarde, estes engenheiros explicaram aos alunos que assistiam à palestra os vários processos de controlo de qualidade e sustentabilidade de uma obra, e que vão muito para além das técnicas de engenharia ensinadas ao longo do curso. “O processo de edificação contem toda uma parte burocrática que passa pela aprovação de materiais e de técnicas, controlo de qualidade, gestão financeira dos recursos, assim como a gestão ambiental do espaço e perspectivas de manutenção dos materiais.”, explicou Carla Alves.

No final da palestra, o professor João Carlos Lanzinha, um dos organizadores, deixou uma mensagem de esperança aos alunos de Engenharia Civil, uma das áreas mais afectadas pela actual crise financeira: “A Consulgal formou-se em 1983, data da última intervenção do FMI, e está no mercado até agora. Nos próximos anos também se prevê que se comecem a desenvolver muitos mais projectos na nossa área”, defendeu.

O apelo foi, essencialmente, para a qualidade na construção, qualidade essa que “custa dinheiro e por isso encontra-se desvalorizada devido à crise”, segundo o engenheiro José Rocha Dores, que encerrou a palestra, num ambiente mais descontraído, dando alguns conselhos aos estudantes: “As engenharias progrediram no papel, mas a nível de execução ainda há muito para fazer”.