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A consulta de cessação tabágica
Jéssica Barreira · quarta, 10 de abril de 2013 · Continuado
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21962 visitas A consulta de cessação tabágica está disponível no Centro de Saúde da Covilhã desde 2002. No entanto só a partir de 2004 é que se implementou “a consulta intensiva de cessação tabágica, com uma equipa constituída por uma médica, um enfermeiro” e outros profissionais ligados à nutrição e psicologia. Segundo o enfermeiro Carlos Martins a fase em que mais procura teve foi a altura em que foi implementada a nova lei do tabaco, havendo até uma “lista de espera muito prolongada”. Carlos Martins refere que com a crise económica que o país atravessa há um dualismo nas pessoas desempregadas: por um lado não têm dinheiro para adquirir o tabaco, mas ao mesmo tempo têm mais tempo livre e “psicologicamente não estão bem”, o que se traduz num “conflito interior muito grande”. A primeira consulta, que dura cerca de uma hora, é a mais importante e é nela que se faz a avaliação global do doente. Ao enfermeiro cabe-lhe fazer a “avaliação global” e “traçar o perfil do fumador.” Carlos Martins explica o processo: “O doente preenche um inquérito em que faz testes de dependência, de motivação, e depois o enfermeiro, com base nos testes que o paciente realizou antes da consulta, vai tentar traçar o perfil e ver o seu nível de motivação para a cessação tabágica.” Posteriormente é encaminhado para a consulta médica, onde lhe será passada uma prescrição terapêutica, ou é encaminhado para consultas de apoio psicológico, nos casos em que o doente apresenta falta de motivação. Após esta primeira consulta o enfermeiro continua a acompanhar o doente fazendo a “marcação do consumo diário de tabaco”, ensina o doente a tomar a medicação e faz o “acompanhamento das reações à privação do tabaco”, principalmente na primeira e segunda semanas que são o “momento mais problemático”, termina Carlos Martins. |