Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
João Leitão apresenta novo livro
Eduardo Alves · quarta, 3 de abril de 2013 · @@y8Xxv O docente do Departamento de Gestão e Economia apresentou o seu mais recente livro no Museu dos Lanifícios. Pode Portugal ser competitivo e empreendedor? é o título do novo trabalho que reúne artigos publicados em diversos jornais. |
A apresentação do livro decorreu no Museu de Lanifícios |
21968 visitas Um conjunto de artigos publicados nos últimos anos em três jornais servem de base ao novo livro de João leitão. A apresentação pública da obra que contou com a intervenção de Jorge Amaro, do Grupo de Estudos Políticos da UBI, José Ramos Pires Manso, da UBI e Luís Barata, secretário-geral da SEDES, decorreu no Museu de Lanifícios. Segundo o autor, o contributo desta obra é apresentar eixos críticos de intervenção para o reforço da capacidade competitiva e empreendedora de Portugal. “Consiste numa abordagem sistémica que integra, de forma inovadora, três sistemas. Primeiro, o meso, ditado por políticas públicas, competição e instituições. Segundo, o macro, baseado em geografias e redes empreendedoras. Terceiro, o individual, desvendando a morfologia do empreendedor resiliente”. Este é um livro que reúne crónicas de opinião que foram sendo escritas e publicadas em três jornais semanários, de circulação nacional e internacional, nomeadamente o Urbi@Orbi, jornal da UBI, o Expresso e o Jornal do Fundão. “Essas crónicas foram compreendidas entre 2006 e 2012 e no passado ano decidi dar-lhes uma resposta com um alinhamento”, acrescenta João Leitão. Para além de abordar o cenário nacional, o docente e investigador da UBI analisa também o panorama regional. Nesse sentido, João Leitão sublinha que “a região é competitiva”. Um pensamento que defende no tópico macro da obra “que tem uma proposta para uma nova arquitetura regional. Tenho vindo a trabalhar no conceito de “cidade região”, algo que já foi aplicado em Cardiff e Manchester, e aí existe a indicação da necessidade de congregar a massa crítica de cerca de 90 a 100 mil pessoas. O livro dá um contributo a esse nível, designadamente de criar uma “cidade região” na Cova da Beira, ou seja, congregando uma política e uma estratégia coletiva que envolva este território que hoje obedece a um desenho de três concelhos”. Para que esta região tenha capacidade de desenvolvimento, a educação, a indústria, a administração, o emprego devem ser pilares fundamentais para o desenvolvimento desta ação. Leitão lembra que “aquilo que vamos enfrentar em sede de fundos de quadros de apoio de 2014 a 2020, vai ser a atribuição de financiamento muito seletiva e as regiões vão ter de ser inteligentes na forma como se vão posicionar”. Para tal é necessário pensar a região em conjunto, “sem rivalidades, sem canibalismo e com uma frente comum de atração de investimento e de internacionalização das produções que possam ser aqui efetuadas. O futuro passa por termos uma aposta na reindustrialização”. Um dos futuros do País passa pela aposta “na agricultura, pescas e extração de minério e devemos pensar o território como uma plataforma sustentável”, sublinha. |