Terminou sem acordo a reunião que, na quinta-feira 14, juntou à mesma mesa a administração da empresa mineira e o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos. Em causa esteve a discussão do caderno reivindicativo apresentado pelo Sindicato Mineiro que defende 55 euros de aumento salarial, um acréscimo de três euros por dia ao subsídio de alimentação e a passagem de trabalhadores a prazo a efetivos. A Sojitz Beralt propõe, por seu lado, um aumento de 5,03 por cento alegando ser já “um esforço tremendo” perante as previsões de 4,5 milhões de euros de resultado negativo para este ano. Sem chegarem a um consenso, os mineiros decidiram em plenário avançar com mais dois dias de greve face “à irredutibilidade da empresa em querer considerar as reivindicações”, referiu o secretário-geral da CGTP. Segundo Arménio Carlos, “existem condições para que boa parte das reivindicações dos trabalhadores sejam respondidas”, considerando que aqueles são “os trabalhadores mais mal pagos do setor mineiro”.

Já no início do mês, os mineiros tinham paralisado durante um dia, com uma adesão que rondou os 80 por cento. Agora, na agenda estão mais dois dias de greve marcados para 2 e 3 de abril. A unidade de extração de volfrâmio das Minas da Panasqueira tem atualmente 370 trabalhadores.