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Uma hora de buzinão na Covilhã
Alcina Gomes · quarta, 6 de mar?o de 2013 · Dezenas de viaturas participaram, na sexta-feira, na Covilhã, num buzinão contra o pagamento de portagens nas autoestradas ex-SCUT (sem custos para o utilizador). A ação de protesto, que decorreu em simultâneo em várias cidades do norte e centro do país, deu seguimento a uma luta que decorre há já vários anos. |
Luta contra as portagens não esmorece |
21970 visitas Os protestos contra a introdução de portagens nas ex-SCUT “só acabam quando o Governo acabar com as portagens”. A garantia é dada pela Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, A24 e A25 que, na sexta-feira, realizou mais uma ação de protesto em várias cidades servidas por aquelas vias rápidas. Na Covilhã, o buzinão ouviu-se durante mais de uma hora junto à Rotunda do Operário, com muitos automobilistas a juntarem-se aos protestos. Foram muitos os que apitaram e, apesar do frio, o buzinão também trouxe às varandas os moradores de prédios nas imediações, atraindo ainda a atenção de quem passava pelas lojas em redor. “As pessoas aderem com grande facilidade”, realçou Marco Gabriel, membro da Comissão de Utentes da A23. No mesmo dia do buzinão, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, anunciou que um novo modelo de utilizador-pagador das autoestradas será apresentado, o mais tardar, em abril. Mas para a Comissão de Utentes Contra as Portagens “a única coisa que faz sentido é repor a justiça”, ou seja, “acabar com as portagens nas ex-SCUT do interior, que não têm alternativas”. “Tudo o que sejam descontos ou outras medidas não resolvem o problema”, que se traduz numa redução do tráfego nas vias portajadas e num aumento do custo de vida, referiu Marco Gabriel. As portagens nas autoestradas do interior (A23 entre Guarda e Torres Novas; A24 entre Chaves e Viseu; e A25 de Aveiro a Vilar Formoso), assim como na A22, no Algarve, estão em vigor desde 8 de dezembro de 2011. A falta de alternativas e o facto de as ex-SCUT servirem regiões com poder de compra inferior à média nacional são os principais motivos que continuam a suportar as manifestações de protesto.
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