Branca Silva começou por enaltecer a qualidade das cerejas da Cova da Beira para depois referir a composição fenólica das cerejas que lhes confere uma elevada actividade antioxidante: “Os antioxidantes, que são moléculas que impedem a oxidação de outras moléculas, podem porventura ser um obstáculo na proliferação de células do cancro do colon. É algo que, ao longo dos anos, tem vindo a ser estudado”.

A professora da Faculdade de Ciências da Saúde da UBI não deixou de propor a aplicação de medidas que aumentem o tempo de vida deste fruto, apesar de admitir que é sempre preferível consumir os produtos na sua época sazonal: “Seria importante aumentar o tempo de vida das cerejas, isso traria benefícios e aumentaria o lucro dos produtores. Porém, não podemos esquecer que a alimentação é mais saudável consumida na época, pois os seus constituintes são naturais, não havendo necessidade de os alterar para manter a qualidade do fruto”, frisou.

Refira-se que a Cereja da Cova da Beira é um dos emblemas da região Centro e é produzida numa empresa do Fundão, sendo esta região responsável por mais de 50% da quantidade de cereja produzida em Portugal.

Seguiu-se o discurso de Ricardo Campelo de Magalhães, que é da opinião de que é deveras importante definir as particularidades específicas da região para, seguidamente, explorar da melhor forma todos os recursos oferecidos por essa mesma região.

O Economista usou o exemplo das Cinco Forças de Porter: “Quando gerimos uma empresa, é imprescindível compreender o ambiente externo a esta para que possamos delinear a estratégia que usaremos para que o nosso negócio evolua. ”

Já João Prata, Deputado do PSD, preferiu falar da importância da proactividade. “Hoje, mais do que nunca, temos de assumir o papel de criadores. É importantíssimo ter iniciativa. As empresas hoje desejam colaboradores que se antecipem aos problemas, que não esperam que eles aconteçam. E a Universidade da Beira Interior tem uma importante mensagem a passar no que ao incentivo dos jovens diz respeito”, realçou.

Facto é que a Universidade da Beira Interior “tem uma importante palavra a dizer no que diz respeito à valorização e promoção de determinados recursos patentes na região (como o caso da Cereja da Cova da Beira), para que mais produtores se sintam atraídos e encorajados a investir em negócios na Beira Interior”, defendeu.