A Escola de Música, Valores e Talentos da Banda da Covilhã levou, nas noites de 27 e 28 de fevereiro, pais e filhos a palco. Segundo Eduardo Cavaco, diretor da instituição, o balanço do evento foi “extremamente positivo” e o facto de para muitos alunos ter sido o batismo no mundo do espetáculo musical tornou-o “ainda mais especial”.

O espetáculo, realizado no Pavilhão Multiusos da Banda da Covilhã, contou com atuações de coro, sopro, percussão, piano e guitarra. Os protagonistas do evento, alunos da Escola de Música da Banda da Covilhã, referiram em uníssono que a ingressão na instituição deveu-se à paixão pela música. Nelson Canhoto, de 20 anos, apesar de ter entrado recentemente na Banda Covilhã, exaltou o entusiasmo que sente em relação à música, que concebe como a “mais pura forma de expressão”, bem como “uma experiência enriquecedora necessária a qualquer jovem, independentemente da idade”. Também Célia Vilória, de oito anos, destacou que foi a paixão pela música que a levou desde tenra idade a ingressar na Banda da Covilhã, paixão essa que demonstrou aos presentes através da sua interpretação de clarinete.

Segundo Eduardo Cavaco, o sucesso da Escola de Música da Banda da Covilhã, que conta atualmente com mais de 150 elementos, deve-se à “aplicação de novas metodologias pedagógicas centradas no aluno. “ [A formação musical] ajuda as nossas crianças a serem organizadas, disciplinadas e, acima de tudo, a estarem empenhadas numa atividade de que gostam e que se sentem bem a fazer”, acrescentou.

A Escola de Música da Banda da Covilhã, de forma a responder “às dezenas de solicitações” que recebia anualmente, estreou as classes de piano e guitarra. Apesar dos poucos meses de existência, o diretor da Banda da Covilhã não tem dúvidas de que esta foi uma “aposta ganha” e um “complemento” ao ensino de sopro e percussão, a vocação primordial da instituição.

Cientes da atual conjuntura de crise que o País atravessa, a Banda da Covilhã além de disponibilizar gratuitamente instrumentos musicais a todos os seus alunos, decidiu criar bolsas solidárias para alunos carenciados de forma a, como explicou Eduardo Cavaco, possibilitar a todas as famílias covilhanenses “um bom ambiente e uma aprendizagem cultural”. “Quem não puder pagar não paga nada, nós estamos aqui para colaborar com a sociedade”, sublinhou o diretor da Banda da Covilhã.