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FCS continua sem resposta
Eduardo Alves · quarta, 13 de mar?o de 2013 · @@y8Xxv Taborda Barata, presidente da Faculdade de Ciências da Saúde, permanece confiante numa solução positiva para o caso do Gabinete de Medicina Legal. Recorde-se que o Ministério da Justiça pretende encerrar a estrutura da Covilhã e transferi-la para a Guarda. |
Os responsáveis pela FCS esperam que a decisão do ministério não altere o processo de aprendizagem |
21960 visitas Uma das pretensões do Ministério da Justiça com a reformulação da sua rede de gabinetes médico-legais passa por diminuir o número de estruturas desta natureza. Entre os possíveis polos a encerrar está o da Covilhã. Quando foi conhecida essa possibilidade, uma das primeiras vozes a alertar para a necessidade de uma melhor decisão foi o do presidente da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior. Taborda Barata aponta a necessidade de uma estrutura destas na cidade quer pelos serviços prestados à população, quer pela sua estreita ligação à faculdade. Argumentos apontados pelo responsável máximo por aquela faculdade ao ministério. Segundo o médico e docente, o que está em causa “não é propriamente uma passagem ou transferência de serviços, até porque, já existe um gabinete desta natureza na Guarda, mas seria sim uma situação na qual apenas esse gabinete assumiria essas funções, na zona da Beira Interior Norte”. Caso se verifique tal cenário, a Covilhã ficará sem Gabinete de Medicina Legal. Um ponto ainda não decidido pelo ministério que tutela este tipo de estrutura, mas que, a verificar-se representaria constrangimentos, quer para as populações locais, quer para o formação em medicina, que decorre na UBI. Segundo o médico e presidente da FCS, “sob esse ponto de vista o nosso sistema de ensino sobre medicina legal e toxicologia está estruturado, por questões práticas e de melhor acessibilidade ao gabinete médico legal da Covilhã”. Taborda Barata lembra que, os alunos têm de assistir a autópsias, no âmbito do seu processo de aprendizagem, “e uma vez que sempre funcionou aqui esse módulo de ensino, nós temos docentes, quer do ponto de vista do ensino, totalmente envolvidos, preparados, entusiasmados, para esse projeto. Isto é, para nós, uma mais valia”. Ainda assim, o mesmo responsável acrescenta que “tal posição que não quer dizer que outros profissionais, noutros gabinetes médico legais não o possam também fazer, nomeadamente na Guarda. Aquilo que se passa é que para nós, faculdade, é muito mais fácil gerir, dada a proximidade, todo este sistema”, esclarece. Para o presidente da FCS, que já transmitiu à tutela estes seus pontos de vista, a decisão está a ser tomada com o maior número de dados e “bem fundamentada”. Taborda Barata acredita existam várias ordens de razões para qualquer tomada de decisão desta natureza, “mas para nós é totalmente crucial que, independentemente de qualquer resultado que se tome, temos de salvaguardar o nosso processo de ensino. Daí que, para nós, faria todo o sentido que esta estrutura continuasse aqui”. Esta posição surge como forma de sensibilizar o Ministério da Justiça para a realidade da formação de quadros médicos no interior do País. Uma situação que Taborda Barata lembra nem sempre ser fácil. Em termos do trabalho que foi feito ao longo de 12 anos de faculdade “tal poderia ser dificultado com o fim do gabinete”, conclui. |