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Escritor Artur Portela na Covilhã
Mario Ribeiro · quarta, 27 de fevereiro de 2013 · Ladeado pelo escritor covilhanense Manuel da Silva Ramos, Artur Portela, escritor e jornalista, foi o protagonista de uma conferência em que falou abertamente acerca do seu mais recente romance, A Cidade da Saúde, publicado em finais de 2012. |
Manuel da Silva Ramos (à esquerda) ao lado de Artur Portela (à direita), durante a conferência. |
21964 visitas Artur Portela foi o convidado do último Café Literário, que decorreu na passada Terça-feira, dia 19 de Fevereiro, no Café Bar Covilhã. No início do evento os alunos da Escola Profissional de Artes da Covilhã encantaram os presentes com um momento musical. Manuel da Silva Ramos começou por fazer uma pequena apresentação de Artur Portela, tecendo-lhe rasgados elogios: “Artur não pára de escrever. Ainda bem. É como o vinho do Porto, com os anos melhora”. Depois de alguns momentos de ligeira descontração, eis que Artur Portela inícia o seu discurso definindo “A Cidade da Saúde” como uma homenagem à manifestação popular do dia 15 de Setembro de 2012, e falou da comoção que sentiu ao ver milhares de pessoas nas ruas a fazer ouvir a sua voz de revolta. “Porquê a saúde?” perguntou um espectador, referindo-se ao nome do livro. A obra “A Cidade da Saúde” pode considerar-se uma crítica ao estado actual do País e às decisões, que Artur Portela considera desastrosas, dos governantes no que à saúde diz respeito. Talvez por isso um dos espectadores presentes tenha soltado um elogioso desabafo: “A oportunidade fez uma obra prima”. O escritor e jornalista define-se como um homem com “poder de intervenção” e fez questão de deixar claro que o dia 15 de Setembro o encheu de orgulho, porque esse dia ficou marcado pela “revolta dos indignados”. Aos 75 anos, Artur Portela é autor de várias obras de intervenção política, social e cultural, tais como os sete volumes de “A Funda”. Escreveu também vários livros de contos, com destaque para “A Gravata Berrante” e “Peixes Voadores”, para além dos notáveis romances “A Manobra de Valsalsa”, “História Fantástica de António Portugal”, “As Noivas de São Bento”, “A Guerra da Meseta” e o supracitado “A Cidade da Saúde”. |
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