Na próxima sexta-feira, o palco do teatro municipal vai ser montra da mais recente criação do Grupo de Teatro da Universidade da Beira Interior. Uma criação do antigo aluno da academia e responsável por este grupo, Rui Pires, que espelha o trabalho de vários meses de preparação.

“Parecia que dançávamos. Tu vestido de príncipe e eu nua.” É o título deste trabalho que surge da adaptação do livro ‘La Flor de Lis’ de Isabel do Carmo e Fernanda Fráguas. É com esta peça que o grupo vai abrir mais um ciclo de teatro, este ano, com um “verdadeiro apoio da reitoria” e com algumas novidades como a apresentação de uma peça infantil, “dirigida essencialmente para o público das escolas primárias do concelho”, sublinha Rui Pires.

No que diz respeito a esta nova produção, cuja direção está entregue a Rui Pires conta com a interpretação de Cristina Enes, Diana Portela, Gonçalo de Morais, Hélio Cabrita, Inês Santos, Marisa Inglês e Sara Pires. A este conjunto de sete alunos que dão corpo ao novo trabalho juntam-se ainda outros quatro “que apoiam na produção e direção dos trabalhos”, refere Rui Pires. O antigo aluno de Ciências da Comunicação aponta para uma peça que vem no seguimento de outras produções por si encenadas. A estreia está marcada para dia 1 de março e estará em palco também no dia 2.

Este ciclo de teatro “foi um dos que mais apoios financeiros teve por parte da reitoria”. Rui Pires confessa que durante os últimos meses “decorreram mais reuniões com os responsáveis pela academia, do que em todos os anos do professor Santos Silva, enquanto reitor”. Encontros que têm, segundo o responsável pelo grupo de teatro “para abrir portas a novos projetos que podem ser anunciados a breve trecho”. Para já, as ajudas da reitoria serviram para confirmar um conjunto de grupos que há muito os membros do Teatr’UBI queria ver na Covilhã.

Outra das principais novidades passa pela apresentação de uma peça infantil. A criação do Teatresco, de Vieira de Leiria vai subir ao palco, domingo, 3 de março, pelas 18.30 horas. Trata-se da peça “Pinóquio” e está dedicada ao público infantil. O evento pretende alargar o trabalho cénico a novos públicos para que desta forma “se comecem também a trazer novas pessoas aos nossos eventos”, assume Rui Pires.

Duas semanas preenchidas por eventos culturais que se distribuem entre peças de teatro, mostras de artesanato e feira de materiais usados. Entre os membros a marcar presença nesta edição, destaque para os grupos espanhóis que conferem um cunho internacional ao evento. Destaque também, para além das peças já referidas, para os trabalhos do grupo de Cinema da UBI, a serem apresentados, segunda, dia 4. Tratam-se das curtas: “Arpeggio; o Sol Nasce Sempre do Mesmo Lado; Síncope e Avô Cortiço” são as apresentações previstas para esses dias. A 5 de março é a vez de subir ao palco o “Fc-Acto”, Grupo de Teatro da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, com a peça “O Marinheiro”, segue-se dia 6, o Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC), com a peça “Limbo”, no dia 7, “Or Not 2 B” é o nome do trabalho que será apresentado pelo Grupo Experimental de Teatro da Universidade de Aveiro. Já no dia 8 de março, a Aula de Dança da Universidade Carlos III de Madrid apresenta “Ciclo Imprevisto, Nuha a vidas descartadas”, segue-se a 9, o Novo Grupo de Teatro da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa com “Eu disse AGORA não disse AMANHÃ DEPOIS ONTEM” e a 10, o Trécola Teatro, de Ourense, Espanha, com “A verdadeira história do corazón reloxo”. Já a 11 o grupo Maricastaña, da Aula de Teatro Universitária de Ourense, com a peça “Suicídio colectivo com encanto”, a 12, a Aula de Dança Normal da Universidade da Corunha apresenta “2 metros quadrados de pele”. Seguindo-se dia 13 o Cénico de Direito, da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, com a peça “Drones”. O ciclo termina a 14 de março, com a co-produção do Teatr’UBI e da Associação de Teatro e Outras Artes (ASTA), “Mata-dor”. Os espetáculos decorrem no Teatro Municipal da Covilhã, pelas 21.30 horas.