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Arte, Parimónio e Cultura
Ana Catarina Veiga · quarta, 27 de fevereiro de 2013 · Francisco Paiva, professor qualificado em Arquitectura e Design, esteve na passada quarta-feira, dia 21 de fevereiro, na Real Fábrica Veiga do Museu de Lanifícios, numa palestra onde falou de arte, património e cultura. |
Prof. Santos Pereira (à esquerda) a introduzir o tema e o trabalho de Francisco Paiva (à direita) |
22000 visitas A real fábrica Veiga, um dos mais importantes edifícios históricos da Covilhã, foi o cenário escolhido para a conferência realizada na passada quarta-feira, onde se discutiu a relação entre os temas arte, património e indústria cultural. A palestra abriu com o professor Santos Pereira que defendeu a ideia de que património, seja ele cultural, industrial, ambiental ou global, é “algo que nos foi deixado pelos nossos antepassados e que devemos conservar para as gerações futuras”. Para abordar este assunto o profissional escolhido foi Francisco Paiva, doutor em Belas Artes e professor de Design Multimédia na UBI. Num discurso bem estruturado e apaixonado, o professor falou de vários estilos de arte, desde o tradicional até à arte contemporânea, exemplificando. O seu discurso começou com uma chamada de atenção para os valores orçamentais investidos na cultura em Portugal. Estes “encontram-se muito abaixo da média europeia”, o que revela um défice em hábitos culturais por parte da população portuguesa em relação ao nível cultural europeu. Pegando no tema inicial, o professor, licenciado em Arquitectura e em Design, salientou o culto do património, falando de vários trabalhos de restauração de edifícios históricos. Os trabalhos de restauro aplicam estilos arquitectónicos-moda contemporâneos a edifícios degradados pelo tempo. A moda contemporânea é regida por uma Indústria Cultural que estabelece e comercializa as tendências. “A arte não é alheia ao processo de massificação, consumo e negócio” explicou o professor Francisco Paiva, depois de ter mostrado vários exemplos de representações artísticas de propaganda. A dicotomia tradicional/moderno também teve destaque nesta palestra, onde ficou a ideia de que a tradição pode inibir a arte. Antes de ouvir as questões propostas pela plateia o professor designou a arte como a “capacidade de ver e representar as percepções que o ser humano tem da realidade”. A arte posiciona o território cultural. A conferência terminou com uma conversa demorada do professor com as pessoas que acompanharam a palestra. A maior parte daqueles que assistiam ficaram interessados em saber a opinião do professor Paiva sobre várias estruturas degradadas da Covilhã e discutiram-se potenciais ideias de restauração ou mesmo reconstrução para uma cidade mais dinâmica. |
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Comentários: Dois Sobralenses em destaque Por: jucasantos51@gmail.com em: quinta, 28 de fevereiro de 2013
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