Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Cultura é nova aposta formativa
Eduardo Alves · quarta, 20 de fevereiro de 2013 · @@y8Xxv As indústrias culturais assumem uma importância crescente, com cerca de sete milhões de pessoas, no espaço europeu, a estarem ligadas a este sector. Para além deste ponto, a grande riqueza cultural da região serviu também de mote ao novo curso da Universidade da Beira Interior. |
Urbano Sidoncha acredita que a nova formação tenha um forte impacto na região |
21970 visitas O apoio incondicional mostrado pela agência de acreditação só veio reforçar a convicção de que o novo curso de Ciências da Cultura vem preencher uma lacuna nesta área. Urbano Sidoncha, docente do Departamento de Comunicação e Artes e diretor desta nova formação, acredita no sucesso e na importância da mesma. Todo o curso foi desenhado a partir de um sólido planeamento académico e científico da Faculdade de Artes e Letras da UBI que “soube fazer um diagnóstico certeiro não apenas da necessidade de dar resposta às necessidades que são colocadas em permanência pela mutação da atividade cultural e pela sua novidade, mas nas potencialidades que tinha à sua disposição”. Algo só possível devido “à rede multidisciplinar que convive na faculdade, e também na interpretação da enorme envolvente cultural com património natural, histórico e museológico da região e do País, a par do vasto património simbólico e imaterial”. Este é, por tudo isso, “uma formação que se impunha”, diz a mesma fonte. Criar valor e dar aos seus alunos uma sólida formação teórica interdisciplinar, articulando diversas áreas científicas é a meta fundamental da formação que arranca já no próximo ano. Ciências da Cultura surge como um curso que faz da cultura o seu núcleo temático fundamental e que pretende “estudar cultural, comunicar cultura e criar cultura”. Daí o diretor desta nova formação destacar a singularidade e o pioneirismo da UBI, em relação às restantes instituições. Uma formação que para além da cultura, como base, aposta ainda na filosofia, arte e design, na comunicação, linguística, cinema, ciência política, literatura, arquitetura e gestão. Outro dos desafios desta aposta é também o do empreendedorismo, “que deve ser o escopo das novas formações”, alerta Urbano Sidoncha. Os espaços culturais assumem-se como um dos mais estáveis sectores. Prova disso mesmo são os sete milhões de empregos que as indústrias culturais e criativas representam em todo o espaço europeu. Os números avançados pelos responsáveis desta formação ganham ainda mais consistência se for levada em linha de conta a panóplia de possibilidades de empregabilidade. Uma importância também reconhecida pela União Europeia, que “através dos seus apoios às indústrias culturais e criativas, promove a cultura e a criação de emprego”. Relativamente às estruturas base desta formação, os responsáveis sublinham ainda que vão ser envolvidas entidades culturais da região. “Temos já protocolos com nove entidades, que passam pela Empresa de Turismo de Belmonte, o Teatro Municipal da Guarda, o Teatro das Beiras e a Quarta Parede. Temos também o Museu Cargaleiro, com o Município do Fundão, com a Associação das Aldeias do Xisto, com a Associação das Aldeias Históricas de Portugal e com o Centro de Literatura e Cultura Lusófonas e Europeias da Universidade de Lisboa”, atesta Sidoncha. Para os próximos tempos, este leque de parceiros deve ser aberto, até porque, o curso tem este horizonte de implantação na região, mas quer ampliar a sua zona de influência quer em termos nacionais, quer até internacionais, principal no que diz respeito à zona da Raia Espanhola. “Esta foi uma oportunidade feliz, uma vez que vem dar resposta a uma necessidade premente. Temos um património cultural riquíssimo e hoje é consensual o facto da cultura ter consequência económicas, sociais e políticas, a cultura é algo transversal, mas ter de ter uma posição consequente com esse pensamento”, remate o diretor do curso. |