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Saúde do País passa pela UBI
Eduardo Alves · quarta, 20 de fevereiro de 2013 · @@y8Xxv Estudantes de medicina e gestão marcaram presença no oitavo simpósio sobre liderança e gestão em saúde. Um evento que contou com a participação de Francisco George, responsável máximo pela Direção Geral da Saúde, e onde se abordou o futuro do Serviço Nacional de Saúde e o papel dos profissionais desta área. |
A Faculdade de Ciências da Saúde recebeu alunos e profissionais de várias áreas |
21957 visitas Cada vez mais a economia parece influenciar a saúde. A fatura do Serviço Nacional de Saúde apresenta um peso considerável no orçamento nacional, mas a austeridade parece também estar a cortar para lá dos limites aconselháveis. Temas que estiveram em debate na passada semana na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior. O anfiteatro maior serviu de palco ao evento que reuniu, para além do diretor da DGS, Francisco George, os bastonários da Ordem dos Médicos, Enfermeiros e Farmacêuticos. Um evento promovido pelos alunos do quinto ano de medicina no âmbito da disciplina “Liderança e Gestão em Saúde”. Um evento onde se discutiu um conjunto de medidas que pretendem ajudar na correta utilização dos recursos financeiros e na qualidade dos serviços de saúde prestados às populações. Sustentabilidade e qualidade em saúde; responsabilização do doente e multiprofissionalismo – sobreposição ou complementaridade, foram as principais áreas abordadas ao longo do simpósio. Os organizadores explicam que “este projeto é desenvolvido na FCS desde o ano de 2006, contando com a participação de vários alunos e profissionais de múltiplas áreas, visando a discussão e a aquisição de conhecimentos que permitam uma visão mais abrangente daquilo que é a gestão do Serviço Nacional de Saúde português”. O responsável máximo da DGS sublinha que “Portugal atravessa um grave período no que diz respeito ao combate a doenças graves como a diabetes, doenças oncológicas e doenças cardiovasculares”. Para Francisco George, estas são as três áreas mais problemáticas no setor da saúde. Este responsável sublinha a importância de estarem presentes no evento alunos de um vasto leque de áreas, nomeadamente gestão e saúde. Para o diretor da DGS, o futuro desta área em Portugal passa pela implementação de “uma política de promoção de hábitos saudáveis, o que acabará por levar a uma melhor prevenção das mais referidas doenças”. George classifica-as mesmo como “as grandes epidemias descontroladas e as contas da saúde muito se agravam devido a este facto”. Na sua intervenção, Francisco George lembrou que estas doenças “antecipam a morte e matam os portugueses antes de tempo. E este tipo de cenário reporta-se a situações de falta de qualidade de vida e de sobrecarga nos serviços de saúde”. Atualmente 24 por cento dos portugueses não ultrapassam os 70 anos de vida. “O objetivo dos próximos programas de saúde devem centrar-se na redução desta percentagem”, acrescenta. Como meta estão os níveis europeus que apontam para uma taxa média de 19 por cento da população que não consegue viver mais de 70 anos”. Ainda assim, Francisco George lembra que, “o prolongamento da vida não deve apenas estar centrado na longevidade das pessoas, mas também na qualidade de vida destas”. |