Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Covilhã foi palco de manifestação contra governo
Eduardo Alves · quarta, 20 de fevereiro de 2013 · Cerca de um milhar de pessoas integrou a manifestação contra as políticas governativas. O evento que decorreu no passado sábado, nas capitais de distrito do País, teve a sua exceção na Covilhã. A manchester portuguesa disse não ao governo e à troika. |
A Covilhã foi uma das cidades a acolher um protesto contra as políticas do governo |
21955 visitas Muitos foram os que se juntaram ao cordão humano promovido pela CGTP. A organização sindical marcou para o passado sábado protestos nas principais cidades do País. No caso da Beira Interior, para além de Castelo Branco, também a Covilhã recebeu esta marcha contra as políticas governativas impostas pelo executivo de Passos Coelho e da Troika. Cerca de mil pessoas passaram por algumas das principais artérias da cidade e ouviram a intervenção do sindicalista Luís Garra. Neste dia de luta os principais visados foram os membros do governo e também o setor da banca. Para Garra, a discussão em torno dos cortes do Estado não faz sentido e se existe área onde devem ser diminuídos os apoios “é no setor da banca”. Um dia em que “se deve saudar a luta dos desempregados e de todos quantos sofrem com estas políticas”. Políticas que estão a ser encaradas pelo sindicalista como resultado visível de “uma comissão liquidatária”. No entender deste membro “os sacrifícios são sempre para os mesmos”. O grande problema, na perspetiva de Luís Garra, está no facto de, ao abrigo do memorando com a Troika se querer retirar direitos adquiridos aos trabalhadores. Uma forma de “levar ao empobrecimento e exploração generalizadas da população”. Hoje assiste-se “ao despedimento do pais e ao negar de emprego aos filhos”. Uma circunstância anormal “tal como os últimos orçamentos, que para além de estarem fora da lei, são imorais”, acrescenta o responsável sindical. No entender dos mentores do protesto, “tem de ser travado o rumo atual do País”. Sectores como os da educação, saúde e segurança social “não podem ser simplesmente cortados e discutidos numa base simplista de gestão”. Um dos principais objetivos do protesto é o trazer de volta a dignidade e igualdade entre os cidadãos. |