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PêchaKucha Night: o burburinho da criatividade.
Laura Falcão Freire · quarta, 13 de fevereiro de 2013 · A Moagem no Fundão recebeu, no passado dia 9 de Fevereiro, 19 oradores criativos. Para completar o número mágico deste evento, Paulo Fernandes, presidente da Câmara do Fundão, fez também uma apresentação. Dezanove oradores, apoiados com 20 imagens com um tempo de exposição de 20 segundos apresentaram os seus projetos de forma diferente e informal. |
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22010 visitas O conceito do ciclo de conferências PêchaKucha Night foi criado em Tokyo por Astrid Klein e Mark Dythan (Klein Dythan arquitecture). O objetivo deste laboratório é permitir que jovens com ideias inovadoras nas mais variadas áreas exponham os seus trabalhos de forma dinâmica, sem as convencionais características de uma conferência. Desta forma o público presta mais atenção durante cada apresentação, como referiu Paulo Fernandes, presidente da Câmara do Fundão. Numa apresentação de 6’40 minutos, cada orador mostra 20 imagens com um tempo de exposição de 20 segundos cada uma. O nome Pêcha Kucha significa “barulho de uma conversa” em japonês, e tal como um burburinho rapidamente se espalhou por todo o mundo, tendo chegado ao Fundão no passado dia 9 de Fevereiro. O evento teve início às 20:20 horas e encheu o auditório da Moagem com 196 pessoas na assistência e 521 viewers online. No decorrer do evento foram apresentados 19 projetos, todos com oradores da Beira Interior. Iniciativas criativas como o projeto Wool, que revive o passado da indústria dos lanifícios na Covilhã através de street art, o projeto de design de produto de João Sabino que criou a mala Keybag e o projeto Cogusbox de cultivo de cogumelos através de meios naturais, apresentado por Fernando Castro. O espírito empreendedor e de iniciativa marcaram este encontro de criativos organizado por PedroNovo Arquitectos em parceria com a Câmara Municipal do Fundão. Falou-se da necessidade de valorizar o trabalho criativo, o trabalho de recuperar espaços inutilizados, criar ideias simples e inovadoras como é o caso do projeto Detalhes Deslumbrantes, da designer de comunicação Cláudia Pombo, o C.A.S.A.S. apresentado por Francisco Dinis e que visa reunir pessoas em torno de uma agricultura biológica e sustentável, e o projeto de canicultura D’alpedratina de João Silvino, que visa “conservar o património cultural” latente na espécie canina Serra da Estrela. O designer Francisco Elias, que apresentou os seus trabalhos realizados para instituições como o Teatro Municipal Dona Maria e o Hospital Júlio de Matos, referiu durante a apresentação o quão o design é mal visto na sociedade, onde não se valoriza o capital humano, o que leva a baixos ordenados. O rescaldo do PêchaKucha Night foi positivo, Maria Pereira, uma das assistentes da conferência, indica que “são necessárias iniciativas como estas para mostrar o que de bom é feito na região e o potencial dos jovens”. O presidente da Câmara do Fundão também foi orador e mostrou imagens do Fundão e das suas aldeias e vilas envolventes, com as quais mostrou o valor territorial e humano e apresentou os vários recursos existentes na região para desenvolvimento local. Paulo Fernandes falou da relevância de eventos do género para dinamizar e incentivar os jovens criativos a continuarem o seu trabalho positivo, mostrando-se satisfeito com o PêchaKucha Night que terá a segunda edição já em Junho.
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