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As teorias das pequenas empresas
Eduardo Alves · quarta, 6 de fevereiro de 2013 · @@y8Xxv Zélia Serrasqueiro apresentou, durante dois dias, as suas provas de agregação. Uma ato académico que decorreu na Universidade da Beira Interior e teve como ponto principais o estudo das Pequenas e Médias Empresas (PMEs). |
Zélia Serrasqueiro, (ao centro), e o júri das provas |
21961 visitas A lição intitulada “Decisões de estrutura de capitais: evidências empíricas em contexto de PME”, faz parte da unidade curricular de Finanças Empresariais leccionada por Zélia Serrasqueiro ao segundo ciclo em Economia. Esta docente apresentou as suas provas de agregação e como tal escolheu uma das áreas a que tem dedicado grande parte da sua investigação. “Na lição, o que se procurou foi, relacionar as principais teorias sobre as estruturas de decisões de capitais com a realidade das pequenas e médias empresas porque têm características particulares sobre as quais faz todo o sentido nós nos interrogarmos em que medida é que essas teorias conseguem explicar e têm importante aplicabilidade para as decisões que nós identificamos sobre decisões tomadas nas pequenas e médias empresas”, avança a docente daquele departamento. O objetivo principal foi relacionar as teorias com os resultados empíricos obtidos com os estudos aplicados às PME’s. “É quase comum a todos os estudos que a Teoria das Preferências Hierárquicas é aquela que é mais seguida pelas pequenas e médias empresas e verifica-se no caso português. Depois discute-se também uma visão anglo-saxónica, em que esta teoria já só vinga ao nível das grandes empresas”, atesta ainda. Isto para dizer que “a mensagem que se tenta passar é aquela de que se deve considerar esta teoria e a atuação geral das PME’s, mas acrescentar-lhes outros fatores, como é o próprio contexto legislativo, o contexto macroeconómico e outros”. Para Zélia Serrasqueiro existe um número considerável de estudos nesta área, “mas os seus resultados não são convergentes e por isso mesmo as suas conclusões não são definitivas. O que se pretende também com esta lição é mostrar até que ponto é motivante para os alunos o exercício destes conciliarem os resultados obtidos nas suas análises às PME’s com as teorias que estão em voga”. A docente garante que “eles conseguem fazer essa ligação e perceber as diferenças, fruto de todo o contexto onde as empresas estão inseridas. Hoje em dia mudámos para uma visão em que as teorias não são mutuamente exclusivas, mas antes, complementam-se”. O júri das provas foi composto por Manuel José da Rocha Armada, professor catedrático da Universidade do Minho, Elísio Fernando Moreira Brandão, professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, Mário Lino Barata Raposo, professor catedrático da universidade da Beira Interior, João Luis Correia Duque, professor catedrático do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa, Victor Domingos Seabra Franco, professor catedrático do Instituto Superior de Ciências do trabalho e da Empresa – Instituto Universitário de Lisboa e José Paulo Afonso Esperança, professor catedrático do Instituto Superior de Ciências do trabalho e da Empresa – Instituto Universitário de Lisboa. |