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Esgalhado consegue maioria
Eduardo Alves · quarta, 23 de janeiro de 2013 · O vereador eleito pelas listas o Partido Social Democrata conseguiu travar alguns pontos da agenda da última sessão de câmara. Uma reunião onde também se conheceu mais um desentendimento entre a maioria e um presidente de junta. |
A última reunião de câmara não correu da melhor forma para os membros da vereação |
21951 visitas A maioria social-democrata, liderada por Carlos Pinto, na Câmara da Covilhã parece estar a tornar-se, cada vez mais, numa minoria. Prova disso mesmo a retirada de vários pontos da agenda de trabalhos da última sessão de câmara, forçada por João Esgalhado. O até há bem pouco tempo vereador do urbanismo e membro da equipa governativa da edilidade está cada vez mais em rota de colisão com os antigos colegas. Esgalhado fez com que Pedro Farromba, vice-presidente da autarquia, que dirigia a reunião, se visse obrigado a retirar diversos pontos da ordem de trabalhos. Tudo começou com um ponto relativo ao urbanismo que estava à votação. Esgalhado não concordou com a postura da autarquia e convidou os restantes vereadores – socialistas e o social-democrata Pedro Silva – a saírem da sala provocando assim uma falta de quórum no encontro de trabalho. Farromba não teve outra solução senão a de concordar com o pedido de Esgalhado. Segundo o vereador foi tentado o chumbo do licenciamento de uma habitação em Orjais. Nesse espaço, e a fazer fé nas declarações prestadas por Esgalhado durante a reunião, funcionam vários serviços de apoio à população. A juntar a tudo isto o facto de Carlos Pinto ter uma ideia contrária “há bem pouco tempo”. Daí que o antigo responsável pelo urbanismo queira agora ouvir os argumentos do autarca para esta mudança de posição. Outro dos episódios de maior tensão no encontro foi a leitura de uma mensagem electrónica que o presidente da Junta de Freguesia de Aldeia de São Francisco de Assis fez chegar à vereação. José Luis Campos dá a saber que cortou relações com a autarquia. Tudo devido à falta de apoio na resolução do problema da estrada municipal que serve a sua freguesia. Para o presidente da junta, eleito também pelo PSD, “não se podem aceitar os interesses pessoais do presidente da câmara”, para além de que “este tipo de obras está sempre entregue ao mesmo empreiteiro”. O representante da Aldeia de São Francisco de Assis aponta ainda a má estratégia da edilidade serrana ao ter começado a intervencionar uma estrada municipal, “num local onde passam apenas duas dezenas de carros por dia”, em detrimento da sua freguesia. Uma situação que levou a autarquia a ler um comunicado, pela voz de Farromba. O vice-presidente da edilidade diz que o autarca local passou dos aplausos aos assobios, relativamente à câmara e que os empreiteiros são selecionados por concursos públicos. Quem parece não ter ficado convencido foi João Esgalhado, que se mostrou surpreso com todo este litígio dizendo que “começam já a ser demasiadas rupturas”. Também o socialista Vitor Pereira, que se mostrou “aturdido”, considera preocupante estas situações, nomeadamente o facto “do presidente de junta ter aludido a interesses do autarca e a um habitual empreiteiro”. |