As câmaras e os cenários são as ferramentas de trabalho de um diretor de fotografia. Mesmo que se deixe de usar o filme para registar a imagem que as câmaras captam, a essência do que é o filme nunca se vai perder. Foi esta ideia que levou Brian Hall, o professor da Universidade de Lincoln convidado no primeiro dia do “Storytelling”, a concluir a sua apresentação com a frase “Film will never die”.

A afirmação do professor na Universidade de Lincoln, Reino Unido, surge numa altura em a discussão acerca da rodagem de filmes em formato analógico ou digital se encontra acesa no meio cinematográfico. Brian Hall acredita que o filme vive pela técnica usada para chegar à imagem e não pelo suporte em que a imagem obtida é registada.

O professor convidado para vir falar sobre direção de fotografia, também conhecida como cinematografia, centrou a sua intervenção na importância da perspectiva, de se mudar de ângulo de vista e de agarrar o melhor ponto para se transmitir a ideia pretendida. Foi essa ideia que o levou a desafiar os participantes para sair do “ponto de câmara fixa” que é a audiência e a ver o palco da Cinubiteca de outros ângulos.

Durante a tarde, Brian Hall transmitiu uma entrevista filmada pelos seus alunos a Oswald Morris, cinematógrafo galardoado pela Academia, onde este relata os obstáculos que surgiram ao longo da sua carreira e a forma como os conseguiu transpor. Aproveitou ainda para passar uma curta-metragem feita por um grupo de alunos seus, intitulada “The Candidate”.