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MAIORGA: aldeia do Pai Natal luminoso
Edgar Félix · quinta, 27 de dezembro de 2012 · Continuado A tradição é cumprida com a iluminação de Natal nas ruas e nas lojas. O comércio tradicional é incentivado pela Junta de Freguesia e pelos comerciantes. À mesa, mantém-se os sabores de sempre. |
Largo da Aldeia de Maiorga enfeitado |
21983 visitas Um Pai Natal feito de luzes é o símbolo do comércio tradicional da aldeia de Maiorga, situada no concelho de Alcobaça, no distrito de Leiria. Há oito anos que a Junta de Freguesia e os comerciantes desenvolvem um sorteio, na época natalícia, para incentivar o negócio. Esta aldeia alcobacense é enfeitada nas ruas e nas principais estruturas históricas com materiais reutilizados e iluminação. Várias árvores de Natal e outros enfeites são construídos com sacos e garrafas de plástico, latas e outros objetos que à partida seriam lixo. Para Rosa Domingues, presidente da Junta de Freguesia de Maiorga, é importante “preservar o meio ambiente e estar atentos às “maldades” dos cidadãos”. A presidente quis destacar que muitos dos materiais utilizados para embelezar a terra foram recolhidos, junto aos contentores do lixo, pelos funcionários da Junta de Freguesia. Um dos motivos de alegria para Rosa Domingues é a poupança alcançada com o custo zero dos enfeites de Natal, conjugada com uma aldeia muito enfeitada. No âmbito do Sorteio de Natal que envolve cerca de 40 comerciantes, cada um tem um Pai Natal luminoso à porta do seu estabelecimento, assinalando a sua participação no projeto do comércio tradicional. Para Júlia Morais, florista em Maiorga, é importante que exista uma preocupação da Junta para ajudar os comerciantes que todos os dias perdem com a existência dos centros comerciais. Para esta empresária, o projeto para o comércio tradicional, promovido pela Junta de Freguesia, é positivo e ajuda a melhorar o negócio. Júlia Morais afirma que o sorteio permite uma maior dinâmica entre quem vende e quem compra. A florista Júlia acrescenta ainda que as vendas já não são o que eram e que as pessoas já pensam melhor antes de comprar seja o que for. Rosa Domingues reconhece que na aldeia já existem famílias com dificuldades e que, a Junta de Freguesia com a colaboração da igreja, tenta fazer os possíveis para ajudar quem precisa. Na Igreja, todas as semanas são recolhidos alimentos e as famílias são encaminhadas, sempre que possível, para organizações como o Banco Alimentar. A presidente da Junta de Freguesia de Maiorga considera que o Natal tem de ser passado em família e que a atribuição de prendas tem de ser racionalizada. Este ano, apenas deu algumas prendinhas para os mais novos e admite que, noutros tempos, comprava-se muitas coisas supérfluas. O cabrito assado no forno e o bacalhau à moda da “Júlia Florista”, como é chamada na terra, fizeram parte da ementa que preencheu a mesa onde se reuniu com a sua família. Júlia Morais diz que, felizmente, “comida e bebida” não podem faltar na sua mesa, admitindo que lhe dá gosto preparar esta época festiva. No que se refere a doces de Natal, faz questão de comprar um bolo-rei “especial” fabricado em Alcobaça, que tem a particularidade de ser recheado com fios de ovos e doce de gila. |
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