A Igreja de Santa Maria foi pequena para acolher todos aqueles que pretendiam, na noite do passado sábado, assistir ao tradicional Concerto de Natal que reuniu mais de 300 músicos em palco. Segundo João Barata Gomes, presidente do Conservatório de Música da Covilhã, a Igreja foi o local ideal para a realização do evento devido às fortes ligações desta instituição à quadra natalícia.

A grande adesão da comunidade covilhanense ao evento, que conquistou pessoas dos oito aos oitenta anos, não surpreendeu o presidente do Conservatório de Música da Covilhã. João Barata Gomes referiu que o balanço do Concerto de Natal é, extremamente, positivo. “Nem tudo correu bem, mas, no seu todo, foi apresentado um trabalho interessante pelas duas escolas ao nível instrumental e de voz”, garantindo ainda que, o público ficou satisfeito.

João Barata Gomes asseverou que a já habitual parceria entre o Conservatório de Música da Covilhã e a Escola Profissional de Artes da Beira Interior foi importante não só para a concretização do espetáculo como para estreitar os laços entre as duas instituições covilhanenses.

Durante o espetáculo foram apresentadas obras para coro interpretadas por elementos das várias instituições envolvidas, nomeadamente, o Orfeão da Covilhã, a quem coube a abertura do concerto. Posteriormente, de barrete de Pai Natal colocado, entraram em cena orquestras de cordas e sopro constituídas, na sua totalidade, por crianças e jovens adultos, entoando temas alusivos à quadra de natal, orientados pelos maestros João Pedro Delgado, Rogério Peixinho e Carlos Salazar.

O Concerto de Natal que durou, cerca de, duas horas foi ainda palco da apresentação de um pequeno trecho da missa para crianças de John Rutter. A obra em causa visa adicionar uma nova dimensão à missa latina, na qual o coro infantil - composto por solistas e orquestra -, ocupa o papel central, contrariamente ao tradicional coro da Igreja Católica Romana. A peça será, como afirmou o presidente do Conservatório de Música, executada integralmente no final do ano letivo, pela primeira vez em Portugal.