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CPRI de Portas Abertas
Carla Lobo · quarta, 19 de dezembro de 2012 · @@y8Xxv O Grupo de Estudos Políticos da UBI convidou docentes e embaixadores para debaterem diversas temáticas da área, no Dia Internacional dos Direitos Humanos |
Dezenas de pessoas presenciaram este dia |
21983 visitas No dia 10 de dezembro, a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas acolheu o Dia Aberto da Ciência Política e Relações Internacionais, que contou com a participação de quatro docentes da universidade, o diplomata José Vieira Branco e o embaixador da Argentina em Portugal, Jorge Faurie. A sessão de abertura teve início pelas dez horas com a presença de Teresa Cierco Gomes, Diretora do 1º Ciclo de Estudos de CPRI e Victor Correia, membro do Grupo de Estudos Políticos. A diretora do curso divulgou a criação de um blog da área, o qual não se encontra ainda completamente finalizado. Afirmou ainda que “é fundamental apostar nas ofertas de estágios da AIESEC e ERASMUS”. A mesa da parte da manhã foi composta pelos docentes João Leitão (Dep. Gestão e Economia), Liliana Ferreira (Dep. Sociologia) e Luís Madeira (Dep. Comunicação e Artes). João Leitão abordou a temática do “Empreendedorismo e Investimento Direto Estrangeiro” onde utilizou um estudo sobre projetos amigos do ambiente desenvolvido em coautoria com um orientando. Liliana Ferreira falou sobre a“União Europeia Enquanto Ator Securitário”. A docente realçou a importância do Nobel da Paz atribuído à EU no dia 12 Outubro que significou simultaneamente um prémio moral e político, e defendeu ainda que “a Europa deve ser vista como promotora da paz a nível internacional”. Apesar de combater o terrorismo e defender o ideal de liberdade, atualmente, o papel da Europa é mais exportador de ideias e valores e não tanto um ator securitário. Na última intervenção da manhã, coube a Luís Madeira defender a sua posição quanto à “Relação Entre Governantes e Governados Num Regime Genuinamente Democrático”. O docente afirma que “a corrupção no nosso país é lamentável e este é maior problema das democracias (…) a sociedade não deve tolerar agendas escondidas”. Decorrida a pausa para almoço, as intervenções foram retomadas pelas duas e meia da tarde por Gonçalo Filipe - membro do Grupo de Estudos Políticos - o qual aproveitou para agradecer à Embaixada Suíça em Portugal, a oferta de conteúdos escritos e de multimédia à Biblioteca da FCSH. A mesa da parte da tarde, foi composta pelo docente José Pinto Castello Branco (Dep. Comunicação e Artes), o diplomata português José Vieira Branco e o embaixador da Argentina em Portugal, Jorge Faurie. O professor José Pinto de Castello Branco abordou a temática “da liberdade à tolerância” através de uma leitura pluralista do ensaio “On liberty”, no qual referenciou os direitos fundamentais e a ideia de liberdade como um bem, produto do progresso humano. A intervenção de José Vieira Branco abordou a “Carreira Diplomática e Diplomacia Portuguesa no Mundo”. O diplomata, referiu algumas das diretrizes dadas pelo governo, para uma diplomacia estrangeira, e da importância do seu papel no aprofundamento das relações internacionais, assim como, a expansão lusofonia através promoção dos interesses externos portugueses e promoção da “marca Portuguesa”. Sublinhou ainda que “a captação de investimento estrangeiro é, nesta altura, o objetivo máximo”. José Vieira Branco afirma que os embaixadores funcionam como “analistas de uma diplomacia secreta”, sempre seguindo regras de conduta pois qualquer negociação tornada pública quebra o sigilo muitas vezes exigidos pelos outros países. Para o diplomata, o exercício da função deve ser visto pela enorme independência de decisões e distanciamento político dos partidos. Defendeu, por fim, que trabalham para realidades que os transcendem e é fundamental possuir uma estabilidade emocional, pois muitas vezes são atirados para outros países até com as próprias famílias. O discurso mais esperado do dia foi o de Jorge Faurie - Embaixador da Argentina em Portugal - sobre “Mercosul, Relações Bilaterais Portugal-Argentina”. O embaixador elogiou o sistema diplomático português além fronteiras, pela sua enorme representatividade e explicou o significado da criação do Mercosul para a América do Sul. Jorge Faurie afirmou ainda que “a UE tem 60 anos e surgiu com o dinheiro dos EUA, enquanto o Mercosul tem apenas 20 anos e foi financiado pelos países formadores para a liberalização do comércio, mas não conseguiu competir com a Europa”. Neste momento, as negociações estrangeiras estão praticamente paradas devido à crise europeia. Na intervenção do Grupo de Estudos Políticos, este finalizou dia referindo a importância de realizar mais eventos semelhantes, que serão tornados públicos no site . |