No passado dia 13 de Dezembro, Sérgio Nunes, aluno de mestrado em Engenharia Informática da UBI, conquistou o primeiro lugar no concurso WinUBI. Entre as 25 candidaturas que estudantes e profissionais submeteram à quarta edição do concurso, o projeto DysHip foi o premiado por apresentar uma forma rápida e rentável de diagnosticar a doença displasia de anca em cães.

Com esta distinção, Sérgio Nunes, para além do reconhecimento, ganha uma importante ajuda ao receber um prémio monetário no valor de dois mil e quinhentos euros para a realização do capital social da nova sociedade, bem com uma consultoria prestada pelo GAPPI (Gabinete de Apoio a Projetos e Promoção da Investigação).

Após uma conversa com um amigo veterinário, Sérgio Nunes, licenciado em Engenharia Informática, teve a ideia de criar uma ferramenta que deteta eficazmente a doença canina que consiste na deformação da cabeça do fémur e da bacia do animal, o que provoca dores e retira a mobilidade. O objetivo do DysHip é “eliminar de forma quase sistemática a necessidade de intervenção do especialista em displasia de anca”, salienta o premiado.

Este projeto vem assim inovar a medicina veterinária e traz dois benefícios a quem usa a técnica. A ideia desenvolvida pelo engenheiro informático “encurta para dez minutos o diagnóstico da doença, sendo que antes este período era de uma semana, e além disso permite que o custo médio caia sensivelmente para menos de metade”, esclarece Sérgio Nunes.

O vencedor mostrou-se satisfeito com o reconhecimento do seu projeto neste concurso que pretende despertar o lado empreendedor dos alunos e docentes da instituição, tendo em vista o surgimento de ideias de negócio que perspetivem a criação de empresas capazes de competir no mercado internacional com projetos de cariz tecnológico. O jovem premiado pretende criar uma empresa que tenha sucesso e seja competitiva. Uma vez adquirido o prémio “pretendo criar uma spin-off, levar este projeto até ao mercado e com certeza comercializá-lo”, explica Sérgio Nunes. 

O concurso WinUBI contou, na sua quarta edição, com o maior número de candidaturas de sempre, cerca de 25, entre as quais foram pré-selecionadas cinco que defenderam o seu projeto. Para a vice-reitora da Investigação e Inovação que presidiu o júri, Ana Paula Duarte, esta iniciativa é importante não só para quem participa pois “é uma maneira de se poder avaliar as suas ideias inovadoras com potencial de criar um negócio”, mas também para a universidade porque “promove o empreendedorismo e faz com que se movimentem as pessoas”, salienta.

Tem-se vindo a constatar um aumento de candidaturas por parte dos alunos e docentes da instituição a este concurso, o que aos olhos da vice-reitora é algo positivo. “Quer dizer que as pessoas estão cada vez mais motivadas e apercebem-se que podem promover as suas ideias podendo ver o impacto que essas ideias têm”, conclui Ana Paula Duarte.

A iniciativa, que tem como objetivo premiar as melhores ideias que correspondam a um produto inovador com potencial de mercado e valorização económica, distinguiu três projetos entre os 25 a concurso. Para além de Sérgio Nunes, também as equipas de Vítor Pereira com o projeto Re-Drive e a de Nuno Leitão com o projeto Fisionect, conquistaram o segundo e terceiro lugar respetivamente.

Embora este ano o financiamento do QREN não tenha sido atribuído, a organização assegurou a realização do evento que foi financiado pelo Santander, e que também contou com a parceria do Parkurbis. A organização afirma ainda que vão fazer os possíveis para que no próximo ano o evento se realize novamente, sendo que representa uma alavanca importante para o empreendedorismo na universidade.