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A realidade oculta do assédio
Laura Falcão Freire · quarta, 12 de dezembro de 2012 · @@y8Xxv O seminário Assédio, uma realidade oculta teve lugar no anfiteatro 7.21 da Universidade da Beira Interior, no dia 6 de Dezembro, e foi organizado pelo Projeto UBIgual Plano de Igualdade de Género para a Universidade da Beira Interior. |
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21989 visitas O seminário “Assédio, uma realidade oculta” começou com a exibição da reportagem “Assédio no Trabalho”, do programa Toda a Verdade exibido na SIC. Seguiu-se uma análise da reportagem e a exposição dos conceitos de assédio moral e assédio físico no ambiente laboral, tanto nas mulheres como nos homens. Sandra Ribeiro, presidente da UMAR, referiu vários exemplos reais de assédio laboral, mostrando quão difícil é a punição legal dos assediadores. A segunda oradora, Ana Teresa Verdasca, do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade Técnica de Lisboa, explicou que só existe um caso de assédio após confirmar-se que existe desequilíbrio de poder entre as partes, intencionalidade repetida de assédio e comportamentos percebidos como assediantes. O assédio provoca doenças físicas, do foro psicológico e provoca menos produtividade, motivação, contribuindo assim para o desemprego. O género tanto do assediante como do assediado é relevante, como diz Ana Verdasca, “as medidas de prevenção e intervenção devem ter em conta os aspetos do género”. Manuel Roxo, subinspetor-geral do trabalho na ACT, tratou o tema do assédio, violência psicológica e violência física, referindo como fator principal para os mesmos a organização de trabalho. Salientou o fato de terem de se ter em conta as características da personalidade de cada um, não existindo padrões de medida, pois o que provoca o bem nuns, não o faz noutros. Salientou a relevância do respeito pela dignidade humana, dizendo que o “trabalho deve ser adaptado ao homem e não ao contrário. Após intervalo para almoço recomeçaram as exposições com Maria José Magalhães, presidente da UMAR. Durante a sua exposição salientou que o assédio se manifesta de forma oculta e incide principalmente nas mulheres. Segundo Maria Magalhães, ainda existe desigualdade de género, existe um maior número de casos de assédio em mulheres sendo necessária mais legislação que faça aplicar as leis que protegem a dignidade humana. As organizadoras do evento, do projeto UBIgual, Catarina Sales de Oliveira, Susana Villas Boas e Soledad las Heras, discutiram o tema da praxe académica, verificando, através de um estudo sociológico do comportamento dos alunos da UBI, que existe dentro da academia, durante o período de praxes académicas alunos que se sentem assediados, colocando questões para a solução desta questão. A aluna do mestrado em Psicologia do Trabalho e Organizações da UBI, Ana Marques, considera este tipo de iniciativas essenciais para o reconhecimento da realidade do assédio e para o complemento dos seus estudos. O seminário terminou com um workshop sobre o assédio, organizado pelo Grupo de Ativismo e Transformação pela Arte (GATA). |
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