Os 110 voluntários que integram os hospitais Pêro da Covilhã e do Fundão juntaram-se na passada quarta-feira, dia 5, para o 5º encontro de voluntários.

O coordenador do voluntariado, Nuno Abreu, referiu a importância dos projetos desenvolvidos pela equipa voluntária a fim de “prestar ao máximo o bem-estar aos doentes que recorrem a estas unidades de saúde”, existindo sempre uma relação entre os “técnicos e a componente humana”. Reforçou, ainda, a importância do apoio psicológico para o “bem-estar do doente e para a melhoria da sua condição física”.  É neste contexto que se desenvolvem projetos, nomeadamente nesta época o “Natal no Hospital em que instituições locais de apoio a idosos colaboram fazendo os seus presépios e proporcionam aos idosos uma vertente positiva e de conforto quando pensam no hospital”.

O coordenador do voluntariado refere que o papel do voluntário dentro do hospital passa pela “harmonização dos espaços de modo criar um ambiente acolhedor, para que a pessoa que vá ao hospital quase não se aperceba que lá está”. Os voluntários têm um papel relevante na criação de espaços como a biblioteca do utente que lhes oferece momentos de leitura enquanto estão hospitalizados e o canto da cigarra para as crianças que não podem ir às visitas. Estas atividades pretendem evitar que os utentes sintam “uma quebra radical com o exterior, mas os tentem aproximar”.

O voluntariado existe no Hospital Pêro da Covilhã há 14 anos e no Hospital do Fundão há 21, e é constituído maioritariamente por pessoas com mais de 65 anos, devido “à sua desocupação profissional”, e por uma grande percentagem de estudantes universitários entre os 18 e os 20 anos, refere Nuno Abreu.

Luísa Mafalda, voluntária no hospital Pêro da Covilhã há seis anos, afirma que este compromisso se tornou essencial na sua vida e reconhece que “apesar de ver coisas tristes, sente-se útil e ajuda sempre alguém”.

A cerimónia do dia 5 de Dezembro contou, ainda, com uma celebração litúrgica para todos os voluntários do Centro Hospitalar Cova da Beira e especialmente para aqueles que ingressaram em 2011 que agora renovaram o compromisso com a  atribuição da insígnia.