“Inovação e Empreendedorismo: do produto ao mercado” foi o tema exposto no seminário realizado no passado dia 7 de dezembro, na faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade da Beira Interior.

O evento, organizado pelas comissões de curso dos mestrados em Empreendedorismo e Criação de Empresas e do doutoramento em Gestão da UBI, teve como objetivo a “dinamização do empreendedorismo, passando da ideia para o mercado, através de exemplos práticos, porque existe muita vontade de criar projetos mas o problema está na sua concretização” como conta a professora da disciplina de empreendedorismo e organizadora do seminário, Maria José Madeira.

O seminário contou com a presença de dois oradores, Virgínia Trigo, professora do ISCTE, e Luís Matos, aluno de Engenharia Informática da UBI.

Durante a palestra, a professora do ISCTE explicou o processo pelo qual é necessário passar, desde a criação de uma empresa enquanto ideia, até chegar ao mercado e conseguir formas de captar clientes para a rentabilidade do negócio. Segundo Virgínia Trigo o “empreendedorismo além de ser um processo, está dentro de um sistema onde existe oferta, investidores e essencialmente um mercado onde existem clientes que necessitam ver as suas necessidades satisfeitas”. Segundo esta professora, “cerca de 69 por cento da população quer ser empreendedor, mas não tem capacidade para saber quando um projeto é rentável ou, se pelo contrário, não tem viabilidade”.

Da teoria à prática, a segunda intervenção ficou a cargo de Luís Matos que falou de alguns dos seus projetos, como é o caso do Wi-GO. Este projeto consiste num carrinho de compras adaptado a pessoas com deficiência motora, e está equipado com um sistema  que o permite andar sozinho atrás da pessoa, enquanto ela faz as suas compras, possuindo a capacidade de se desviar de obstáculos e com capacidade para reconhecer as pessoas, para não confundir o seu utilizador.  Luís Matos explicou passo a passo a sua criação e os métodos que usou na hora de o colocar no mercado e conseguir rentabilizá-lo.

Segundo o jovem empresário, o “segredo” esteve na “aplicação das mais avançadas tecnologias adaptando-as às necessidades de mercado”. Quanto ao público-alvo, “além dos supermercados, este projeto destina-se essencialmente a todos os que necessitem de uma cadeira de rodas para se moverem”. Um projeto que segundo Luís Matos, poderá “ser comercializado em grandes países como a Rússia e os Estados Unidos da América”.

Para quem assistiu à palestra o seminário foi descrito como “positivo e interessante, dado que o foi mostrado pode ser uma metodologia a seguir para quem quer criar o seu próprio negócio” como explica o economista João Carvalho, membro de uma plateia que se mostrou interventiva ao longo de todo o evento.