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Os desafios das universidades na formação dos alunos
Ângela Oliveira · quarta, 12 de dezembro de 2012 · UBI O seminário Aprofundar Bolonha, destinado a docentes, abordou as competências transversais que, de acordo com a organização, quando consolidadas permitem desenvolver capacidades para a integração no mercado de trabalho e favorecer uma atitude dinâmica da parte dos alunos perante os conhecimentos. |
Claisy Marinho-Araújo foi uma das oradoras a desenvolver o tema das competências transversais no ensino superior. |
21969 visitas O processo de Bolonha restruturou o ensino superior no sentido de melhorar a formação obtida e adequá-la aos desafios do presente. Falar de competências transversais é privilegiar o ensino – aprendizagem baseado no desenvolvimento de competências essenciais ao empreendedorismo. A conferência realizada no passado dia 6, contou com a participação de Claisy Marinho-Araújo, professora da Universidade de Brasília; Filomena Almeida, professora do ISCTE e Rui Lima, professor da Universidade do Minho. Os especialistas na área criaram um espaço de reflexão sobre a importância de desenvolver competências transversais no ensino superior e preparar os alunos com uma melhor capacidade de se adaptarem ao mercado de trabalho. Claisy Marinho-Araújo referiu que “a abordagem de competências surge como uma ferramenta para atingir o perfil profissional desejado, sendo que para isso é necessária uma adaptação do Currículo e das metodologias usadas nas universidades às funções e atividades desenvolvidas nas empresas”. Os processos avaliativos balizam o perfil profissional e permitem que as universidades conheçam os recursos técnicos e transversais que podem ser trabalhados para desenvolver o perfil pretendido pelas empresas. As “abordagens metodológicas são incompatíveis com as exigências de mercado,” e uma vez que “o ensino superior compete com empregabilidade não se pode cingir a um acumular de conhecimentos, é necessário produzir saber mas também o saber-fazer”, disse Filomena Almeida. A professora referiu que para a questão da empregabilidade “as competências transversais entram como uma janela de oportunidades, sendo que os alunos aplicam e desenvolvem as competências que os empregadores mais valorizam ”. Para os oradores é fundamental desenvolver unidades curriculares que visem desenvolver competências transversais integradas nas licenciaturas. Mediante o desenvolvimento de projetos ou portefólios, os alunos têm a responsabilidade de aplicarem aquilo para que foram sensibilizados, “os conhecimentos que tiveram e o treino que desenvolveram”, e os docentes a responsabilidade de mobilizarem essa aprendizagem. Rui Lima enfatiza o sistema de ensino–aprendizagem baseado no desenvolvimento de competências e na convergência interdisciplinar. O professor referiu que desenvolver projetos é essencial “à aprendizagem e por isso devem ser interdisciplinares, ter um contexto real, proporcionar o trabalho em equipa e serem de longa duração”.Desenvolver as competências técnicas da disciplina na aplicação do projeto “aumenta a motivação dos alunos, a relevância de aprendizagem e permite-lhes desenvolver competências específicas e transversais em equipa”, referiu Rui Lima. O reitor da UBI, que participou no evento, salientou que “o desafio das Universidades Europeias é também o desafio da UBI, é importante fazer com que os alunos ganhem mais competências, para se destacarem num mercado de trabalho cada vez mais competitivo.”
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