As decorações natalícias que já iluminam as ruas centrais da Covilhã servem de pano de fundo para um projeto que pretende mostrar o trabalho de artesãos locais e “pequenos artistas” e, por outro lado, captar consumidores e clientes para o centro da cidade. Entre artesanato, bordados, bijuteria, doces, decoração, e outro tipo de atividades, os visitantes podem contar com peças únicas e com preços para todas as carteiras.

Tiago Pedro, que expõe doces conventuais na feira de artesanato, afirma que a iniciativa é de louvar já que, segundo ele, é importante “não perder as raízes, pois Portugal tem muito bom artesanato e não se deve perder a tradição.”

Quando se fala em “tradição”, Esperança, de 70 anos, relembra a sua juventude e diz que toda a vida se dedicou aos bordados. Já para Carla Maria, de 40 anos, representante de uma marca de malas, carteiras e outros acessórios, no retorno às origens encontrou um refúgio e um passatempo, pois no momento encontra-se desempregada.

Uma das causas mais apontadas para o fato das pessoas recorrem ao comércio artesanal é a grave situação económica que o País atravessa. Porém, umas das principais preocupações da organização foi trazer a público trabalhos que não se apresentassem como concorrência para os comerciantes locais.

“Comprar mais no comércio tradicional e não nas grandes superfícies” é o que Diana Marques pretende fazer sobressair e o que na realidade todos os artistas presentes na feira gostariam que fosse possível.

A feira, que até ao momento tem tido bastante adesão, e que conta ainda com uma divulgação on-line, terá a presença de mais de 30 artesãos das mais variadas artes. Será ainda proporcionado ao público um leque de actividades lúdicas que vão completar a animação e o entretenimento do evento, como demonstrações de artesanato vivo, a atuação da Banda da Covilhã, entre outros.