A proposta foi subscrita pelos membros do executivo, assembleia municipal e presidentes de junta de freguesia. Os eleitores do concelho vão ser questionados se estão de acordo com as propostas da unidade técnica ou se concordam apenas com a fusão das quatro juntas da cidade em apenas uma freguesia. Bernardino Gata, líder da bancada do PSD, refere que esta proposta quer dar voz aos cidadãos “até agora as populações do concelho nunca foram ouvidas sobre esta matéria e chegou a altura de o fazerem”.

Uma proposta mereceu os votos favoráveis das bancadas de PSD, PS e dos eleitos do Bloco de Esquerda e do CDS/PP. Já a bancada da CDU absteve-se porque, afirma Vítor Reis Silva, não há nenhuma garantia que o tribunal constitucional viabilize a realização do referendo “já outros municípios tentarem seguir este caminho mas as propostas foram rejeitadas uma vez que a realização de referendos deste tipo é uma competência da assembleia da república”.

Já o vice-presidente da câmara da Covilhã, Pedro Farromba, garante que o executivo tudo vai fazer para que a realização do referendo seja uma realidade “podíamos seguir outros caminhos, como o de uma demissão em conjunto mas isso não ia resolver nada e a câmara está empenhada em que a realização deste referendo seja uma realidade”.

Por unanimidade foi aprovada uma moção apresentada pela bancada do PS e em que Hélio Fazendeiro sugere ao executivo que accione os vários mecanismos jurídicos a que pode recorrer no sentido de travar as propostas da unidade técnica “há várias formas de o fazer, desde a apresentação de providências cautelares até à contestação formal das intenções desse organismo e nesse sentido não podemos ficar de braços cruzados”.

As propostas da unidade técnica, já entregues no parlamento, apontam para a agregação do Canhoso às quatro freguesias da cidade e ainda para a agregação de Vila do Carvalho a Cantar Galo, Teixoso ao Sarzedo, Casegas ao Ourondo, Vales do Rio ao Peso, Coutada ao Barco e Vale Formoso a Aldeia de Souto.