Jornal Online da UBI, da Região e do RestoDirectora: Anabela Gradim |
Arte contra a violência doméstica
Gésseca Bonfim · quarta, 28 de novembro de 2012 · Atividades artísticas e palestras marcaram o evento que debateu a eliminação da violência contra a mulher, no último dia 23, em Covilhã |
Foto: Tânia Araújo |
21969 visitas Com a proximidade do dia 25 de novembro, dia internacional da não violência contra a mulher, a cooperativa de consultoria e intervenção social Coolabora promoveu diversas atividades abertas à comunidade para estimular a reflexão sobre o tema. Além de palestras, foram desenvolvidos workshops artísticos e uma performance teatral, pois o foco do evento foi pensar o assunto central usando expressões artísticas. “Recorremos às expressões artísticas porque são uma forma de facilitar a reflexão e a expressão de sentimentos por parte das pessoas”, comentou Graça Rojão, presidente da Coolabora. A programação da manhã, realizada no Teatro Municipal, foi voltada ao público jovem e contou com worshops de teatro, música, escrita, pintura e fotografia. Com o encerramento dos workshops, os adolescentes apresentaram os trabalhos desenvolvido, e a coordenação do evento lançou o concurso Digitacool 2012. Durante a tarde, as atividades decorreram na Biblioteca Municipal, onde foi realizada a palestra Inovação na Prevenção da Violência de Género, ministrada pela especialista Teresa Correia. O professor de línguas, Jorge Pombo, de 48 anos, considera que o problema destas iniciativas "é só participarem homens informados , mas o fato de eles participarem é sempre bom porque podem levar a mensagem de não violência para fora e fazerem com que ela seja transmitida a gerações mais novas para erradicarmos esse problema na sociedade”. As Entidades Sociais também tiveram um encontro para debater sobre a violência na terceira idade, que foi tema de uma palestra, ministrada por Alexandra Silva, membro do Lobby Europeu de Mulheres. Quanto à solução para a violência doméstica, Alexandra apontou a educação e instituições de apoio como as principais portas. “O primeiro caminho é a educação para a cidadania, ou seja, os cidadãos estarem conscientes dos seus direitos e deveres e não tolerarem a violação dos seus direitos; o segundo é haver instituições que deem apoio às vítimas”. No evento também foi lançado o manifesto contra a violência de género, apresentado pelo jornalista Fernando Paulouro, que avaliou positivamente o evento. “Houve uma participação muito interessante da parte do público, foi muito bom no sentido das perspectivas que aqui se cruzaram e dos problemas que aqui foram aflorados”. Como encerramento, a Associação de Teatro e Outras Artes (ASTA) encenou a performance teatral “Os olhos do medo”, escrita por Fernando Paulouro. “Esse compromisso social com os problemas e com a realidade é uma obrigação social do jornalista e do escritor na perspectiva de que é sempre possível transformar o mundo”, comentou o autor da obra.
|