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Alternativas para Portugal
Ivanira da Goia · quarta, 28 de novembro de 2012 · @@y8Xxv Faculdade de Ciências Sociais e Humanas acolheu na última quarta-feira Garcia Pereira, para mais uma palestra no âmbito do Grupo de Estudos Políticos da UBI |
Garcia Pereira, dirigente do PCTP/MRPP na UBI |
21975 visitas “Visões alternativas: outro rumo para Portugal” foi o tema proposto pelo Grupo de Estudos Políticos da UBI, tendo como convidado o dirigente do PCTP/MRPP - Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses/Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado. A palestra procurou abordar vários pontos da actualidade nacional, nomeadamente as condições sociais, económicas e políticas em que o país se encontra; o plano Europeu e as suas reflexões e consequências a nível nacional, e claro as propostas e pontos de vista do PCTP/MRPP nesse contexto. O objectivo principal da palestra, explica Jorge Mateus, moderador do debate e um dos membros do grupo de estudos políticos, “era convidar Doutor Garcia Pereira e trazer à universidade uma oportunidade de debater ideias que não são mostradas em canais convencionais” disse Jorge Mateus. O Grupo de Estudos Políticos, criado no ano lectivo passado pelos alunos de Ciência Política e Relações Internacionais, tem vindo a actuar por conta própria e organizando diversas actividades fora do contexto do núcleo de estudantes do mesmo curso, procurando atrair a atenção não só dos estudantes da sua área, como também dos outros cursos, nomeadamente facultando a entrada livre para todas as palestras e actividades que têm vindo a organizar. A iniciativa foi aplaudida pela vice presidente da FCSH que frisou a importância de iniciativas destas, principalmente quando partem dos próprios estudantes. Já o convidado salienta e admira o acto “de estudantes de uma Universidade do Interior se interessarem e procurarem debater temas relacionados com o estado político em que o país se encontra” refere Garcia Pereira. Durante a sua exposição defendeu fortemente o não pagamento da divida, afirmando que é uma divida “que não foi o povo português que a contrair, e nem foi contraída em seu beneficio”, por um governo que acredita não ter sido democraticamente eleito. Garcia Pereira apelou assim à deposição do governo e sua substituição “por um Governo Democrático e patriótico”. Quando questionado se esse novo governo Patriótico seria do seu partido, Pereira nega essa possibilidade pois “ o PCTP/MRPP não faz questão de fazer parte desse governo. Acho que é importante a constituição com personalidades, sindicatos, as associações de estudantes, fundações, basicamente, com as forças vivas da sociedade, pessoas que amam suficientemente este país para não aceitarem a venda ao retalho que está hoje a ser praticada” defende Garcia Pereira. Questionado sobre a possibilidade de uma retaliação por parte da União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional, em caso de incumprimento da divida Garcia Pereira diz que “as atitudes devem ser tomadas em função de serem corretas ou não, independentemente da possibilidade de retaliação” e mesmo que essa viesse a surgir o país deveria estar preparado para tal, nomeadamente “com a preparação de uma eventual saída do Euro”. A saída do euro significaria neste caso a criação de uma nova moeda e, acima de tudo, significaria a recuperação segundo Garcia Pereira “da liberdade financeira e monetária” já que o euro do ponto de vista do orador “ é pura e simplesmente um marco travestido de moeda europeia que serviu apenas para destruir todas as economias da União Europeia, com excepção da germânica” salienta Pereira. Por fim salienta a importância que os jovens devem ter na luta pelo progresso e pela justiça e acredita que estes devem continuar a desempenhar esse papel. “Prosseguir o caminho de não se conformarem com o que está errado, não aceitarem as verdades feitas e lutarem por um mundo mais justo e melhor" remata Garcia Pereira. |
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