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Design Sustentável na UBI
Rita Simões · quarta, 28 de novembro de 2012 · @@y8Xxv Alunos e profissionais da área tiveram oportunidade de perceber que o Design está em constante evolução, atuando ao nível da sociedade industrial e tecnológica |
Na DESIGNA pretendeu-se "reflectir de forma conjunta a propósito da possibilidade (ou impossibilidade) de um Design mais simpático, humano, doméstico, habitável, tolerante e agradável",considera a Organização |
21972 visitas Discutir o Design do ponto de vista da sustentabilidade, refletindo sobre o seu papel no panorama económico e social foi o mote para a segunda edição da DESIGNA, que se realizou entre os dias 22 e 23 de novembro no anfiteatro da Parada, na UBI. Para além dos painéis temáticos que o evento apresenta desde a primeira edição, este ano incluíram-se no debate as temáticas do Multimédia e do Ensino. O evento que se tem vindo a diversificar teve como objetivo abranger as várias áreas trabalhadas pelo Design, promovendo a reflexão em torno do conceito e do papel do designer. No primeiro dia de conferências vários foram os painéis que constituíram o programa, sendo que na parte da tarde dois temas principais foram abordados: Teoria e Ensino. Perceber que o Design Gráfico é uma área importante de abordar em relação ao ensino foi a ideia principal que Marta Borges, da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto pretendeu mostrar com a sua apresentação subordinada ao tema “Prática Projetual do Design como Ferramenta para Fomentar a Literacia Visual”. É relevante abordar a aprendizagem no Design porque “permite discutir como este deve evoluir de forma a adaptar-se ao contexto atual”, explica a conferencista. O Design gráfico pode acrescentar valor a qualquer coisa em que esteja envolvido, constituindo por isso “uma prática projetual que é diferente de outras disciplinas pois permite transformar a realidade, melhorando-a”, explica Marta Borges. O conceito de Design tem vindo a evoluir e a modificar-se, e como tal o designer “tem que ter a capacidade de perceber os fenómenos complexos, interpretá-los e simplificá-los para conseguir essa transformação da realidade”, conclui Marta Borges. Da mesma opinião partilha Pedro Quintela, da Faculdade Economia da Universidade de Coimbra, que vê o designer como “um agente criativo e empreendedor que está permanentemente a inovar”. Na sua exposição intitulada “A (in)sustentabilidade do trabalho criativo em design”, o orador compreendeu que o Design é uma disciplina em evolução, mas difícil de definir. O Design Gráfico é assim “uma nova dimensão que apresenta soluções para um conjunto de serviços e produtos”, explica Pedro Quintela, acrescentado que embora seja uma área que está por explorar em Portugal, “sobretudo pelas mais-valias que pode trazer em termos económicos e sociais, em termos genéricos tem tido um crescimento muito assinalável”. Nesta conferência de âmbito internacional, que pretendeu alertar os designers para o papel que desempenham na sociedade atual, refletindo sobre a sua importância para os dias de hoje, o objetivo foi “fazer uso do palco académico para expor o que pensa a comunidade do Design sobre as questões suscitadas pela globalização mercantil e pelas estratégias económicas”, considera a Organização do evento. Para Ana Fernandes, aluna de licenciatura em Design Multimédia na UBI, este ciclo de conferências adequa-se muito bem às dificuldades dos estudantes de Design pois ”transmite-nos conhecimento e ajuda-nos a definir melhor o caminho a seguir no nosso futuro”. A iniciativa destinada aos designers profissionais, alunos, mas também à comunidade em geral, abordou várias temáticas relacionadas com a Comunicação, Produto, Moda, Teoria e Ensino, permitindo uma reflexão sobre as distintas áreas trabalhadas pela disciplina, mais especificamente relacionada com a sustentabilidade do Design. Para encerrar o primeiro dia de conferências realizou-se ainda o painel de “Mesa Redonda sobre Ensino do Design”.
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