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Herman José anima Covilhã
Edgar Félix · quarta, 21 de novembro de 2012 · Depois de 15 anos, o Verdadeiro Artista volta a marcar presença na Cidade-Neve. Durante duas horas, cerca de 400 pessoas assistiram ao seu espetáculo. |
Herman José encarna a personagem Maximiana. Fotografia por: David Sineiro |
21981 visitas One (Her)man Show foi o espetáculo que Herman José apresentou no passado sábado, dia 16 de Novembro, no Teatro Municipal da Covilhã. Entre música, rábulas e histórias de vida, o espetáculo percorreu as várias fases de mais de 30 anos de carreira deste humorista. No palco, uma guitarra e um piano foram os instrumentos musicais que fizeram relembrar alguns sucessos de Herman José, como o tema Saca o Saca-Rolhas. Na mistura de música e humor, o público pode rever personagens como o “Tony Silva”, criada no programa O Passeio dos Alegres, de Júlio Isidro, a“Maximiana” e o “José Esteves”, que marcavam presença no Tal Canal, e o “Nelo” que surgiu no HermanSic. O espetáculo contou ainda com o improviso característico de Herman José e com três espectadores que subiram ao palco para ilustrar a rábula da personagem “Serafim Saudade”. Herman José descreveu o seu espetáculo como “muito variado, sendo a súmula de tudo o que faço de artístico na vida concentrado no palco”. Para Herman, voltar a percorrer o país e estar em contacto com o público é um dos seus “maiores prazeres atuais”. Para todos os portugueses que sentem um certo desencanto nacional, o humorista afirma que “se uma pessoa tiver saúde, gente que ama e capacidade de reagir, não tem o direito de baixar os braços.” Considera que em Portugal não se ensina a “transformar o muito pouco em algo de muito importante”, mas sim a “reivindicar ou apelar à depressão.” Herman José diz ainda que “as pessoas não sabem como transformar angústia em felicidade” e justifica-se com um exemplo: “os alentejanos ensinaram-nos isso há uns anos, quando no meio da sua pobreza, pegaram em fatias de pão duro, pouco azeite, algum alho, um ovo, se existisse, alguns coentros, e transformaram numa coisa deliciosa chamada açorda” No final do espetáculo, Herman José recebeu todos aqueles que quiseram um autografo ou tirar uma foto com o humorista. Afirmou ainda que esteve presente "um público efusivo, mas sempre muito atento.” |
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