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Paul recebe mais uma edição de Santa Bebiana
Eduardo Alves · quarta, 21 de novembro de 2012 · São três dias de festa popular na freguesia do Paul. Entre 30 de novembro e 2 de dezembro, a localidade covilhanense vai ser palco de atividades culturais, feiras e momentos musicais. Um evento que conta com o apoio da associação ADERES. |
A freguesia do Paul é palco deste evento cultural |
21957 visitas A Casa do Povo do Paul tem vindo a recuperar uma antiga tradição daquela vila covilhanense. A Festa de Santa Bebiana vai realizar-se, este ano, entre 30 de novembro e 2 dezembro e conta com o apoio da associação de desenvolvimento rural ADERES. Na verdade, esta festa está desde tempos remotos ligada aos festejos dos pastores e agricultores, durante o mês de dezembro. Sabe-se que os pastores andavam com o gado nos vales do Paul e arredores, colocavam os chocalhos na cintura e juntos com os ganhões festejavam ao pé das pipas de vinho, esta profecia. Após a ronda por todos os pipos, faziam uma grande ceia, onde o mais atrevido pregava o sermão para os “irmãos” e rezava-se o “Pai Nosso dos Bêbedos”. Após um longo interregno, a Casa do Povo do Paul apostou no reatar desta tradição e de há oito anos que se tem vindo a assumir como uma festa de Inverno com a famosa jeropiga a assumir o estrelato das noites bebianas, até porque, como é anunciado pela organização, a vila do Paul, nestes dias, é a “Capital da Jeropiga”. Quanto ao programa que tem como palco as ruas da vila, a oferta passa pelas bailias e folias, mercadores, artesãos, teatro de rua, oficinas artísticas, tocadores de gaitas-de-foles e pífaros acompanhados pela percussão. Para além de toda esta animação a “procissão chocalheira” e o “sermão à santa” no Largo da Praça com “pregador de fora” são outros motivos de atração. Artesanato e animação de rua são outras ofertas disponíveis. A procissão chocalheira tem lugar no sábado, 1 de dezembro, pelas 21 horas, começa com o estandarte quase sempre transportado por um bebiano “bem bebido”, logo seguido pelos confrades, todos de archote em punho. O surreal ganha forma e emerge no cortejo que tem ainda na sua composição outros elementos a fazer soltar as gargalhadas dos populares. Uma das figuras de proa é o burro atrelado à carroça transportando um pipo de vinho com o objectivo de saciar a sede dos populares e dos “crentes” devidamente trajados com a “opa de serapilheira” e sempre atentos à “pregação” do orador que se acoita num “majestoso” palium feito também de serapilheira. |