O sonho iniciado há um ano atrás, e que já vai na segunda edição, “após lutas e conquistas, de trabalho árduo recompensado, de abraços e sorrisos, de altos e baixos e com 40 vozes unidas pela música e pelo orgulho de representarmos a Universidade da Beira Interior apresentamos o II Medicalis”, disse Marta Guedes, a magíster da C’a Tuna aos Saltos.
A segunda edição do festival realmente contou com a presença de muitos saltos, pois o público feminino compareceu em massa. O evento contava ainda com uma vertente solidária, organizada em colaboração com Assistência Médica Internacional (AMI).
Foram quatro tunas que participaram no festival, nomeadamente As Fans representando a Tuna Feminina da Universidade de Coimbra; Levadas da Broca, representando a Faculdade de Medicina Dentária da Universidade do Porto; a Lusitana, da Universidade Lusíada de Lisboa, e a Gatuna vindas da Universidade do Minho.
As tunas a concurso estiveram a lutar por prémios tais como o de Melhor Tuna, Melhor Solista, Melhor Original, Melhor Pandeireta ou a Tuna Mais Tuna, que foram determinados por um conjunto constituído por quatro júris.
A convite da tuna organizadora, as tunas masculinas da UBI, designadamente a Tuna-UM’s e a Orquestra Académica Já B’UBI & Tokuskopus, também ajudaram a animar a noite, na companhia do apresentador e humorista António Raminhos.
O evento iniciou-se um pouco depois da hora prevista, mas não impediu que a sala estivesse praticamente cheia com um público que foi bastante animado e recetivo, situação essa que o apresentador notou e salientou: “O público surpreendeu e tem sido muito bom” lamentando apenas que “deveria estar mais cheio, mas o pessoal é sempre a mesma coisa, não quer sair de casa, com a chuva então fica difícil” disse António Raminhos.
O festival correu como previsto, com a presença de familiares, amigos e conhecidos, que tiveram uma reação positiva ao evento. É o caso do Nuno Costa, que explica: “soube do festival através de uma amiga, que por acaso é caloira da C’a Tuna aos Saltos e gostei de tudo o que vi”.
Para as tunas convidadas, foi uma boa experiência, apesar do cansaço, como disse Patrícia Gouveia, das Fans. “A viagem foi cansativa, porque estava a chover, tivemos que estar a parar, mas chegamos bem”. A receção que tiveram na Covilhã representou uma viragem na experiência: “Os guias foram muitos simpáticos, e a organização também. Fizemos todas as atividades que a chuva deixou, a cidade é bonita, o público tem sido fantástico, além de que temos alguns amigos que nos vieram apoiar. Agora é aproveitar e acabar a noite onde nos levarem” salienta Patrícia Gouveia.
Já para as Levadas da Broca, que iniciaram a sua atuação com um clássico da Disney do filme “O Rei Leão” foi uma noite mais emotiva, pois tratava-se da última atuação de sua mestra Ana Lee, que agradeceu o convite, assim como às outras tunas no programa dizendo que “ao juntar mais tunas, aprende-se sempre algo mais”. Sobre o seu estado de espírito, Ana Lee disse que “é difícil de descrever, principalmente hoje que é última atuação, pois custa muito deixar a família: as saudades serão ver imensas, principalmente das pessoas, porque no final do dia tudo se resume a isso”.