O objetivo da iniciativa A minha árvore de Natal é o de sensibilizar a comunidade para a construção de árvores de Natal recicláveis. O workshop,   organizado pela Loja Ponto Já - Covilhã, decorreu nos dias 12 e 14 de Novembro de 2012 e contou com participantes de várias faixas etárias.

A formação contou com a participação de 12 mulheres. A formadora, Sandra Filipe, realça que foi importante fazer um workshop diferente do habitual, para que o grupo adquirisse “outro conhecimento, pois elas estavam mais habituadas a workshops de renda e arraiolos ”. A coordenadora da atividade entregou aos intervenientes uma lista de materiais que, aparentemente, são lixo, mas que foram úteis para este trabalho prático. Sandra Filipa afirma que pediu “materiais recicláveis, porque pensou na sustentabilidade ambiental.”

Alguns dos participantes da formação estão aposentados e outros estão desempregados. Andreia Fael, de 48 anos, está desempregada e diz que os principais motivos para a participação neste workshop são o fato das “pessoas estarem no desemprego, e procurarem uma nova competência e uma nova habilidade, ou pessoas que por estarem aposentadas, invés de ficarem em casa, livram-se do ócio naquele espaço”.

Na formação existiu também o objectivo de combater a solidão que é formada quando se deixa de trabalhar. O caso da dona Esmeralda, como é chamada entre as amigas, é a prova disso mesmo. Deixou de trabalhar e deixou de saber o que fazer em casa. “Eu andava um pouco deprimida. Estava em casa e não estava habituada. Era uma pessoa de muito trabalho”, afirma Esmeralda Pais, revelando ainda que até chegou a preocupar os seus filhos, e que naquele espaço se sente “distraída e passa um dia diferente por sair de casa”. Quanto aos seus filhos, assegura que “eles estão contentes” por ela frequentar os workshops.

Para Andreia Fael, a componente ambiental é muito importante nesta atividade prática. “Tenho uma grande necessidade de ambiental. Os meus trabalhos usam restos de tecidos, garrafas, caixas de ovos e material da região, derivado dos lanifícios”, afirma. Todos os objetos que são produzidos podem ser levados pelas autoras para suas casas.