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Balão de oxigénio para o Ensino Superior
Teresa Isabel Nicolau · quarta, 21 de novembro de 2012 · @@y8Xxv A proposta de alteração do Orçamento do Estado (OE) para 2013, apresentada, dia 16, por deputados da maioria PSD e CDS, cumpre o acordo do Ministério da Educação e Ciências (MEC) com universidades e politécnicos. Nuno Crato garantiu no encontro com responsáveis destas instituições a reafectação de verbas do orçamento da tutela e o reforço das transferências do Ministério das Finanças (MF). |
21971 visitas A proposta entregue pelos deputados da maioria prevê a reposição do financiamento do Ensino Superior em cerca de 75 por cento, aproximadamente 43 milhões de euros. A redução prevista será assim menor devido à transferência de cerca de 20 milhões de euros da dotação provisional dos Básico e Secundário para o Superior. Esta alteração provocou indignação na comunidade escolar com pais e professores a exigirem que o valor a transferir seja reposto com verbas do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN). Na guerra do Superior contra o subfinanciamento, perdeu o elo mais fraco, afirmam os representantes do ensino Básico e Secundário O presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) admite que a solução apresentada “pode até criar uma guerra dentro do ensino público”. Pedro Bernardo questiona a eficácia da medida que irá sempre afetar a qualidade do ensino, pois, explica, “já se percebe alguma falta de qualidade do ensino secundário pela preparação e conhecimentos com que os alunos chegam ao superior”. A restante verba de reforço do Ensino Superior será afetada pelo MF à direção-geral do Ensino Superior, para ser redistribuída às universidades e politécnicos. Uma proposta que será debatida esta semana na Assembleia da República na discussão na especialidade do OE2013, cuja votação final está agendada para dia 27. PSD e CDS referem que com esta medida os cortes no financiamento ao Superior regressam ao valor anunciado em Julho. Isto é, cerca de 4 por cento (15 milhões de euros) referentes às transferências do MEC e despesas com investigação científica. Com o recuo da medida anunciada pelo MEC estará afastado o cenário previsto no Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP): o colapso de universidades e politécnicos, provocado pela não reposição de subsídios e acréscimo de despesa de 15 para 20 por cento com a Caixa Geral de Aposentações (CGA). Para o presidente da AAUBI “este ligeiro recuo por parte do Governo mostra algum bom senso, mas não revela vontade de solucionar o problema da falta de estratégia para o ensino superior”. |
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