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Recordar os que partiram
Lara Silva · quarta, 7 de novembro de 2012 · No Dia de Todos os Santos, o Cemitério Municipal da Covilhã recebeu familiares e amigos dos que se encontram ali sepultados. |
Cemitério Municipal da Covilhã |
21950 visitas Entre a oração e a flor que se deixa na campa de alguém especial, o primeiro de novembro é um dia em que se fazem quilómetros até à terra Natal para sentir a imortalidade dos que já partiram. Este ano é a última vez que o dia 1 de Novembro será celebrado como feriado Nacional. Raúl Pires, residente em Lisboa mas natural da Covilhã, diz-se preocupado por saber que para o ano pode não conseguir vir deixar uma flor às pessoas que já perdeu. Todos os dias recorda quem já partiu, mas considera que este dia “é fundamental para passar com a família, pelo conforto e apoio que é muito importante .” Manuela Costa, de 45 anos de idade, visita a campa de um familiar e diz que este ano não comprou tantas flores como nos anos anteriores porque o preço delas aumentou. Já António Silva, de 52 anos de idade, diz que não deixou de comprar flores: “a quantidade é a mesma embora tenha reparado numa subida de cerca de dois euros em comparação ao ano passado.” Apesar da crise, o negócio da venda de flores não parece ter sido muito afetado. Rosa Silva, empregada da Florista “Helena: Arte Floral”, garante que é um dia muito importante para as pessoas que já perderam familiares e amigos, e considera que o mais relevante não são as flores mas sim o sentimento. Afirma que “as pessoas não deixam de comprar nesta altura, porque nos restantes meses do ano usam as flores artificiais”, diz. A funcionária assume que teve um pouco de receio pela situação actual do país, mas que as contas ao final do dia afastaram de imediato esse medo, confirmando assim que o negócio naquele estabelecimento correu de forma positiva. Sem o feriado do dia 1 de Novembro, o mais provável é que no próximo ano a celebração se faça no dia 2 de Novembro, o “Dia dos Finados”.. |
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