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Revolução não-violenta em debate na UBI
Marlyne Eva · quarta, 7 de novembro de 2012 · @@y8Xxv O Partido Humanista esteve na UBI para avaliar o panorama político social e económico de um país em busca de soluções. |
Proposta de reflexão por parte dos oradores |
21997 visitas A situação de mudança que o país atravessa e a urgência em encontrar soluções para reverter este cenário foram as principais questões abordadas no dia 30 de Outubro durante a conferência O despertar da revolução não violenta. Organizada pelo Grupo de Estudos Políticos da UBI, a conferência contou com a presença de dois membros do Partido Humanista Internacional, Alice Ribeiro e Manuel Gonçalves Afonso. Os convidados deram a conhecer as linhas gerais do partido e quais os seus compromissos, reforçando a valorização do ser humano como matriz ideológica, assim como a liberdade e igualdade de direitos. Alice Ribeiro salientou que o principal mote de acção dos humanistas é a não-violência, refletida “num estilo de vida e um modo de relação que se sintetiza na frase: trata os outros como queres ser tratado”. Manuel Gonçalves Afonso, o segundo convidado, dirigiu o seu discurso para a situação actual do país, apresentando a revolução não violenta como uma “necessidade material e existencial”. Relatou também algumas das soluções que o Partido Humanista reuniu e que poderiam funcionar a longo prazo, nomeadamente a necessidade de uma “mudança de paradigma”. Uma democracia directa, descentralização do poder, saúde e educação públicas e gratuitas para todos e uma banca pública sem juros foram algumas das medidas sugeridas pelo Partido Humanista. Estas medidas geraram polémica e motivaram a discussão entre os alunos e a mesa, tendo surgido questões pertinentes como “será possível um governo aguentar os custos de uma educação pública gratuita para todos?” ou “em que medida é possível a existência de uma banca pública sem juros?”. Para os dois convidados já está em marcha um processo revolucionário não violento, principalmente veiculado por jovens mais proactivos e que não encaram as soluções apresentadas como definitivas, mas como incentivos para um processo de mudança. A conferência terminou com uma proposta de reflexão individual sobre a violência existente nos diversos sectores da sociedade. Ficou ainda o convite para um seminário sobre a não-violência que irá decorrer no dia 24 de Novembro no Parque Minho para um estudo e reflexões aprofundadas sobre este mesmo assunto. |
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