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Comunicação como base da Educação
Raquel Pereira dos Santos · quarta, 31 de outubro de 2012 · Mónica Nogueira, psicóloga, deu voz à última «Troca de Palavras» deste mês, trazendo reflexões acerca da psicologia no ensino e na criança. Um evento promovido pela autarquia serrana que decorreu na biblioteca municipal. |
«Comunicar é fundamental» sublinhou Mónica Nogueira, em «Troca de Palavras». |
21960 visitas Foi com um excerto de «À procura de Nemo» que Mónica Bento Nogueira, psicóloga com funções em contexto escolar, deu início à segunda tertúlia do mês de outubro no passado dia 25, na Biblioteca Municipal da Covilhã. Faz parte da realidade de todos os pais, o desejo de um filho exemplar, autoconfiante e organizado, mas Mónica Nogueira quis mostrar que os receios e expectativas comuns à maioria dos pais fazem parte do crescimento de ambos e do início de um novo ciclo de mudanças. «Aprendizagem é como uma escalada», diz a psicóloga, em que criança corresponde ao alpinista que quer chegar ao topo da montanha. Para que a criança consiga alcançar o topo, o sucesso escolar, é imprescindível que esteja munida com os instrumentos necessários e que esteja sempre segura por uma corda, que na realidade é o papel atribuído à família e à escola. O êxito desta escalada será alcançado se «a escola e a família atuarem como uma equipa», afirmou Mónica Nogueira. Com um cenário atual completamente diferente do verificado há uns anos atrás, o papel da família e da escola alterou-se por completo, mas é «necessário quebrar as fronteiras existentes entre a escola e a família, sendo a comunicação o cerne da questão», defendeu. Nem mesmo uma quinta-feira fria impediu que a sala se enchesse. António Silva, de 56 anos, professor e também ele pai, apesar de considerar uma temática e um debate muito interessantes, referiu a existência de uma lacuna no que à comunicação entre pais e professores diz respeito, daí que «a escola e a família como uma equipa não passem de um cenário ideal não verificado nos dias de hoje». Mónica Nogueira terminou mais uma tertúlia dizendo que «a criança tem de aprender a conjugar o verbo trabalhar e brincar na perfeição pois, apesar dos seus deveres, não passa disso mesmo... de uma criança». |