Segundo o Partido Socialista, a economia social “é fundamental para a coesão e garantia da melhoria da qualidade de vida junto dos setores populacionais mais necessitados em particular idosos, crianças e pessoas mais debilitadas social e economicamente”.
Num roteiro que integrou a visita a algumas das instituições particulares de solidariedade social, os membros desta força política lembram que “a postura da câmara municipal carece de alterações paradigmáticas no que respeita ao modo como se aplicam os dinheiros públicos”. Ao longo de uma semana, a comitiva de vários membros do PS local fez um retrato deste tipo de instituições e um dos pontos mais importantes apontados por estes elementos é o da postura camarária. “Com todo o respeito pela arte e pelos artistas, como pode a câmara municipal investir 1.2 milhões de euros num ‘Jardim de Artes’ quando há uma IPSS que deixou cair investimentos de meio milhão de euros por não ter 20 por cento das verbas para o cofinanciamento”, interroga Serra dos Reis. O vereador socialista, em funções na autarquia serrana, lembra que muitas das IPSS têm necessidade de expandir as suas instalações, para admitirem dezenas de utentes em lista de espera, mas não o fazem por falta de apoios. Para além da condicionante relativa ao número de utentes, esta falta de investimento “leva a um desperdício de oportunidades na criação de um significativo do número de postos de trabalho”.
As críticas relativamente à posição da autarquia não se ficam pelas infraestruturas. Para os membros do PS, algumas das promessas feitas pela edilidade estão longe de ser concretizadas. “Há IPSS a quem a câmara prometeu carrinhas para o seu funcionamento, mas nunca cumpriu as promessas, há mesmo uma carrinha que circula diariamente pelas ruas da cidade e nela se lê “Oferta da Câmara Municipal da Covilhã” contudo o contributo para a aquisição desta carrinha foi muito insignificante”. O rol de críticas passa também pela fatura da água que, segundo as opiniões recolhidas pelo PS junto dos responsáveis das IPSS, “aumentou exponencialmente com a privatização e mudança de faturação dos SMAS para a ADC”.
Serra dos Reis diz-se conhecedor das dificuldades financeiras do município, mas avança que caso o seu partido chegue aos comandos da edilidade “saberá encontrar formas de responder às disfuncionalidades detetadas. Elegerá como ponto de honra programático a celebração de Contratos/Programa anuais que regularão a atribuição dos apoios/subsídios”, atesta.
Estas iniciativas e outras que já se tinham realizado e que vão continuar “visam a atuação e modo de intervenção dos eleitos PS nos órgãos autárquicos do município e têm como objetivo mais concreto a construção de um programa justo e equilibrado para as eleições autárquicas de 2013”, refere o vereador.