Na celebração dos 12 anos do CHCB, promoveu-se o lançamento de um centro de ensaios clínicos. Esta estrutura pretende dotar a região de um espaço de trabalho especializado nos ensaios e no desenvolvimento de, entre outros produtos, novos fármacos.
Um dos pontos fortes na apresentação do centro de ensaios foi a ponte constituída entre a unidade hospitalar e a universidade. No entender de Miguel Castelo Branco, anterior presidente da Faculdade de Ciências da Saúde e atual responsável pelo CHCB, este centro “vem criar um espaço de manobra para ampliar as nossas parcerias e aproveitando o facto de estarmos ao lado da UBI, com cursos como Medicina, Ciências Biomédicas, Optometria e com um Centro de Investigação em Ciências da Saúde, achámos de todo o valor encetar esta maior relação”. O clínico assume que esta é “mais uma aposta ganha e onde se aproveita o histórico do que é o Centro Hospitalar da Cova da Beira”.
Com a presença de representantes, quer da universidade, mas também da indústria farmacêutica, Castelo Branco não descurou o potencial em diversas áreas. De momento, para além de trabalho internos a decorrerem na unidade hospitalar, existe um conjunto de novos desafios que podem dar origem a fármacos. Esta interligação entre o centro e indústria farmacêutica “irá permitir desenvolver novos produtos farmacêuticos tão necessários em tantas áreas da terapêutica”. A presença de investigadores e membros da comunidade académica nas equipas do centro acaba também por relevar a estruturação do laboratorial e as suas potencialidades, porque, segundo Miguel castelo Branco, “quem quer um ensaio clínico, quer rigor, organização, resposta atempada e cumprimento integral dos princípios definidos para aquele ensaio”.
Presente na cerimónia de apresentação desta nova estrutura esteve Ignacio Verde. O docente e responsável pelo Centro de Investigação em Ciências da Saúde alinha nos projetos dos responsáveis hospitalares. Para este investigador e docente da Faculdade de Ciências da Saúde, este centro “vai abrir todo um conjunto de novas perspetivas para realizar projetos de investigação na área da farmacologia e da clínica, para diferentes tipos de patologias”. Daí que encare esta parceria como “mais um passo positivo no desenvolvimento do projeto de ensino da UBI, uma vez que os investigadores da Faculdade de Ciências da Saúde e os clínicos do hospital, que por vezes são as duas coisas, vão assim poder aceder a mais uma ferramenta para realizarem projetos de qualidade”.
Neste caso trata-se também de mais um passo no que diz respeito “à capacidade de trabalho e atração de pessoas qualificadas para a Faculdade de Ciências da Saúde”. Do ponto de vista do docente, este é um trabalho que tem vindo a ser conseguido, quer pelo crescimento do número de alunos da faculdade, quer também pelos muitos projetos de investigação que decorrem a partir da cidade serrana. “Estamos essencialmente a falar de médicos que podem também vir a colaborar com o Sistema Nacional de Saúde e ao mesmo tempo desenvolver investigação científica na faculdade”, atesta. Neste momento existem já várias ideias para dar início aos trabalhos de colaboração com este novo centro de exames.