Júlio Fermoso é o mais recente doutor Honoris Causa pela Universidade da Beira Interior. A distinção atribuída no passado dia 10 pela academia beirã surgiu, - para além do percurso académico e profissional do novo doutor -, devido às suas funções de assessor durante o processo de implementação do curso de medicina na UBI, tendo feito parte da comissão instaladora no sentido da construção de um curso que seguisse os melhores padrões internacionais de qualidade.
Uma cerimónia também marcada pela intervenção do responsável máximo pela academia ubiana. João Queiroz aproveitou o momento para fazer um balanço do seu mandato. Numa intervenção a pensar no futuro da instituição de ensino superior, Queiroz começou por dizer que “poderia falar de muitos índices, das áreas construídas e em construção, dos metros quadrados por aluno, dos milhões de euros do orçamento de Estado transferido, dos milhões de euros conseguidos de financiamento de programas e projetos europeus, os candidatos que escolhem a nossa universidade e da percentagem de estudantes matriculados, no âmbito do Concurso Nacional de Acesso”. Contudo, diz Queiroz, “estaria apenas a falar de números e não quero assumir obviamente a paternidade da UBI em números”. No arranque de mais um ano letivo, o reitor preferiu abordar a importância das metodologias utilizadas no processo de ensino e aprendizagem que “vão no sentido de providenciar as condições adequadas para ensinar, aprender e apoiar quem ensina e quem aprende”. Propiciar condições adequadas para o ensino e a aprendizagem “resultou na garantia de uma qualidade da oferta formativa e na simplificação dos procedimentos através do recurso às novas tecnologias com ganhos de eficiência e eficácia”, acrescenta Queiroz.
Um dos pontos fortes da instituição, neste momento, foi a implementação de uma cultura de qualidade. Todos os ciclos de estudos em funcionamento estão acreditados e sujeitos a avaliações periódicas pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, sendo igualmente monitorizados pelo Gabinete de Qualidade, pelas Comissões de Qualidade das Faculdades e pelas comissões de curso. Algo que leva a “termos hoje mais universidade do que nunca”. O reitor da academia lembra, no início de mais um ano letivo, que “porque somos exigentes connosco próprios enquanto instituição, na materialização de um ambiente propício ao ensino e à aprendizagem, não receamos ser exigentes com os nossos estudantes e esperamos que eles o sejam consigo próprios, condição de resto essencial para uma aprendizagem neles centrada”.
Outra das personalidades a intervir nesta cerimónia foi Pedro Bernardo. O presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI), diz que a posição de todos os membros da comunidade deve ir no sentido de “ter uma academia que tudo faça para chegar ao sucesso”. No arranque deste ano, Bernardo aponta como principal problema as dificuldades socioeconómicas dos alunos. “Hoje mais que nunca, nessa matéria, estamos perante grandes desafios”. E é com a UBI “que os alunos devem contar” para encontrar as melhores soluções. As bolsas devem, por isso, “ser mais e mais fáceis de alcançar”. O presidente da AAUBI lembra que a instituição tem vindo a formar bons alunos, também graças aos bons docentes que fazem parte da comunidade.