A Universidade da Beira Interior tem trabalhado na implementação das medidas apontadas pela EUA em 2008, referiu a Comissão no seu relatório oral apresentado na passada quarta-feira, dia 10, no anfiteatro 8.1. Recorde-se que nesse ano a academia solicitou a esta instituição um balanço da qualidade dos seus cursos e serviços, bem como alguns pontos que poderiam ser alvo de melhorias. Dessa primeira abordagem resultou um documento que integrava 34 recomendações a serem implementadas para um reforço da competitividade da UBI.
Amélia Augusto, pró-reitora para a qualidade, explica que esta segunda visita da comissão serviu “para analisar o caminho que foi percorrido desde 2008 até hoje”. A instituição beirã desenvolveu trabalhos no sentido de acatar as recomendações da EUA e “queríamos ter um feedback em que medida a implementação de mudanças relacionadas com essas recomendações estavam ou não a ser concretizadas, ou estavam a ter efeito”. Daí não se tratar de uma nova avaliação, mas de fazer o seguimento da avaliação que aconteceu em 2008, acrescenta esta responsável.
Ao longo de três dias, os vários membros desta entidade que representa mais de 850 universidades espalhadas por 47 países, verificaram no terreno as informações vertidas no relatório de autoavaliação. Na sessão de conclusões, o balanço feito “foi muito positivo”, atesta Amélia Augusto. A pró-reitora lembra que “a EUA começou por elogiar o trabalho que foi apresentado no relatório, exercício que beneficiou todos, a instituição sobretudo, porque é importante que existam momentos em que as pessoas partilham a realidade da instituição e não apenas as suas leituras e depois aquilo que acharam é que houve uma grande incorporação das recomendações feitas em 2008, para a universidade”.
Outro dos pontos em destaque foi o facto dessas recomendações estarem também plasmadas no “Plano 2020” e são agora “linhas estratégicas para o futuro”, reitera. Este é um processo “que nos permite avaliar os nossos pontos fortes, os fracos e como podemos melhorar o cenário geral e tendo a universidade como um todo, como pano de fundo. Estes momentos, se falamos numa cultura de qualidade, são essenciais”, justifica Amélia Augusto.
O relatório de autoavaliação, que está na base desta última presença da EUA na Covilhã resulta de um trabalho conjunto de vários membros da comunidade ao longo dos últimos cinco meses. Este é um dos instrumentos mais visíveis do trabalho da Comissão de Autoavaliação que tem um membro de cada faculdade, alunos e pessoal não docente. Durante este período “decorreram reuniões semanais nas quais se pretendeu que houvesse uma discussão livre e aberta precisamente sobre o ponto em que estávamos desde 2008, o que conseguimos atingir, o que era preciso melhorar, qual a frente em que se avançou mais e onde era preciso trabalhar”.
Para os próximos tempos ficam as linhas gerais agora definidas neste relatório de autoavaliação e os objetivos definidos no Plano Estratégico 2020. A pró-reitora assinala também a importância deste tipo de instrumento para o bom funcionamento dos vários órgãos da academia.