“Eu gosto muito de conversar”, começou por dizer Carlos Pinto o convidado de outubro no ciclo de conversas realizado no passado dia 12 na Biblioteca Municipal da Covilhã. Numa conversa informal, realizada no mês em que se comemora o dia da cidade, o menino “espadaúdo e de boa perna”, nascido na rua da Tapada, nº 72, falou sobre a sua infância desde cedo ligada ao comércio.
“Comecei a ler muito cedo os semanários Notícias da Covilhã e o Jornal do Fundão, e isso despertou-me para a política” afirmou o Presidente, que com apenas 15 anos era já assinante da Newsweek, publicação onde tomou contacto pela primeira vez com divergências de opinião.
Num ambiente descontraído, o convidado que afirmou nunca ter dito tanta coisa íntima nem mesmo no confessionário, falou da sua “paixão frustrada” de estudar direito em Coimbra, e nas dificuldades que o impediram de concretizar as suas ambições.
O amor à Covilhã foi a temática mais abordada ao longo da conversa, e foi com orgulho que contou ter trocado a pasta do Ambiente, em 1991, pela cidade a que entregou a sua dedicação: “andei a dar a minha cara à Covilhã e não vou deixar a Covilhã”, afirmou.
A apresentação adotou um carácter mais político quando lhe foi pedido para prever o futuro da cidade. O dirigente retribuiu dizendo que “ o futuro da Covilhã não vão ser mais avenidas ou campos de futebol, será a questão do emprego,” porque ou há pessoas a trabalhar na cidade ou esta perde terreno.
Carlos Pinto, que está a acabar o curso de Direito em Lisboa, e a cumprir o seu último mandato como Presidente da Câmara da “paixão assolapada” que é a sua cidade, não terminou sem apelar aos presentes para que “não deixem ficar presidentes moles na Covilhã”.