Reconhecida pela Direção Geral de Energia e Geologia para o programa “Eco.AP”, a Enforcesco, empresa do grupo Enforce, com sede na Covilhã, está agora qualificada para operar na melhoria da eficiência energética em edifícios públicos. Esta empresa consegue agora o estatuto de empresa de serviços energéticos (ESE).
A Enforcesco passou a ser uma das quatro empresas portuguesas em condições de submeter propostas aos concursos públicos do programa “Eco.AP”, destinado a melhorar a eficiência energética em edifícios e equipamentos da administração pública. “Com a Enforcesco queremos estar aptos a desenvolver atividades de serviços energéticos onde seja possível implementar medidas de racionalização e gestão de consumos de energia”, disse João Nuno Serra, em comunicado. No caso da administração pública direta, indireta e autónoma, “os investimentos serão assumidos pela empresa após o lançamento dos concursos públicos”, acrescentou o responsável da empresa. O diretor geral do grupo Enforce explicou ainda que a empresa vai investir na melhoria da eficiência energética e também na produção descentralizada de energia, que é vendida posteriormente à rede pública, particularmente através de sistemas solares fotovoltaicos.
A Enforcesco S.A. foi constituída em 2011 com o objetivo de ser uma empresa de serviços energéticos (ESE). Estas empresas de serviços energéticos (ESE ou ESCO – Energy Service Company) assumem-se como parceiros da administração pública. O negócio destas empresas assenta em contratos de performances energéticas associados a poupanças que lhes permitam obter dividendos ao mesmo tempo que assumem o risco de investir a médio e longo prazo em soluções mais eficientes.
Os projetos terão como base dois níveis aos quais se aplicam exigências técnicas e financeiras. No nível I - onde se encontra a Enforcesco - destinam-se a edifícios públicos com consumos iguais ou inferiores a 3GWh e empresas de nível II para consumos superiores. Para se candidatarem a projetos de nível I as ESE terão de dispor de dois peritos qualificados, um auditor energético e em termos financeiros dispor de um volume de negócios igual ou superior a 300 mil euros.
O Programa “ECO.AP” propõe-se criar condições para o desenvolvimento de uma política de eficiência energética na administração pública, designadamente nos seus serviços, edifícios e equipamentos, de forma a alcançar um aumento da eficiência energética de 30 por cento até 2020. O programa prevê que até 2015 sejam intervencionados 300 edifícios com um potencial de poupança equivalente a 75 milhões de euros (700 GWh).