O projecto Ciência sem Fronteiras surgiu no ano de 2011, a mando do governo de Dilma Rousseff, presidente do Brasil, com o objectivo de atribuir em 4 anos mais de 75 mil bolsas a estudantes, em prol do desenvolvimento e sustentabilidade do Brasil.
O engenheiro Paulo Mandarino esteve na UBI no dia 27 de setembro, pelas 15 horas, na Faculdade de Ciências da Saúde, para explicar o programa Ciência sem Fronteiras, e como este se vai desenvolver durante os próximos três anos. O programa atribui bolsas de estudos a estudantes brasileiros, para frequentarem universidades estrangeiras, e é natural que Portugal venha a ser um dos países de acolhimento mais solicitados pelos participantes.
O Plano Ciências sem Fronteiras será um investimento que rondará os 3,8 milhões de reais (1,2 milhões de euros), gastos em bolsas para alunos brasileiros “frequentarem universidades de renome no estrangeiro, e voltarem ao Brasil mais qualificados” a fim de “produzirem um aumento na inovação Brasileira”. O lema deste programa é “Brasil, um país de todos”, e o projecto financia as despesas dos estudantes no exterior, pagando os passes das viagens, alojamento, e um subsídio mensal aos estudantes abrangidos.
O engenheiro Paulo Mandarino explicou que o Governo brasileiro está a apostar muito no crescimento económico e na inovação, fazendo um grande investimento económico, para que aquando do Mundial de Futebol de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016, o Brasil seja um país “mais preparado a nível de estruturas físicas e capital humano”.
Este programa está mais vocacionado para as áreas científicas das ciências exactas, como a Saúde, Engenharia Aerospacial e Energias Renováveis. O seu propósito é permitir “continuar o grande desenvolvimento que o Brasil teve na última década e fazer com que a inovação caminhe de braços dados com a investigação científica no país”.
No final da apresentação, que durou cerca de 20 minutos, houve lugar para um espaço de diálogo, onde o Engenheiro Paulo Mandarino tirou as dúvidas dos estudantes brasileiros que já se encontram na Covilhã apoiados por este plano.